O presidente sírio, Bashar al Assad, emitiu um decreto nesta terça-feira (13/03) por meio do qual estabelece eleições legislativas no país para 7 de maio. O anúncio do presidente acontece no momento em que a comunidade internacional intensifica as pressões para que o governo sírio interrompa os confrontos com os grupos de oposição, que há um ano exigem sua saída.
Efe
Nas eleições deste tipo em 2007, o partido de Assad conquistou 167 dos 250 cadeiras do Parlamento
As últimas eleições desse tipo realizadas no país aconteceram em 2007. Na ocasião, das 250 cadeiras do Assembleia do Povo ou Parlamento sírio, 167 foram ocupadas por partidários do Baath, a legenda de Assad. O restante das vagas ficou com empresários e industriais.
Assad havia emitido outro decreto em 15 de fevereiro no qual anunciava a realização de um plebiscito que definiria a nova Constituição do país. À época, o presidente já havia anunciado que as eleições no país aconteceriam três meses após a consulta popular, realizada em 26 de fevereiro.
Apesar das críticas da oposição a respeito das condições em que aconteceram o referendo, a população síria aprovou as mudanças. Com o novo documento, outros partidos poderiam participar das votações. Além disso, o mandato do presidente foi limitado a sete anos, com possibilidade de reeleição pelo mesmo período.
Esta medida, no entanto, só valerá para as próximas eleições presidenciais, em 2014. Ou seja, caso seja eleito e, posteriormente, reeleito em 2021, Assad poderá ficar no poder até 2028.
Durante uma reunião no último sábado (10) com o enviado da ONU (Organização das Nações Unidas) e da Liga Árabe, Kofi Annan, Assad afirmou que não há possibilidades de diálogo enquanto “grupos terroristas” continuarem a promover ataques no país.
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