Os suíços recusaram neste domingo (24/11) uma iniciativa popular para limitar o salário de empresários e patrões em uma disparidade no máximo de “1:12” em relação aos funcionários. Em outros termos, nenhum chefe poderia ganhar 12 vezes mais que o funcionário com o menor salário da empresa.
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No entanto, com mais de 60% dos votos, a população suíça recusou o reajuste. A iniciativa proposta pela USS (União Sindical Suíça) – e chamada de “1:12” – visava limitar a diferença salarial entre os funcionários, prevenindo remunerações excessivas: com a proposta, nenhuma empresa poderia ganhar em um mês aquilo que um funcionário ganharia em um ano.
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“Não há tradição de salários regulamentados pelo Estado na Suíça. Além disso, ainda é difícil conseguir aprovar uma iniciativa que contenha dados precisos”, diz Bernard Degen, pesquisador em história econômica da Universidade de Basileia, citado pelo portal Swissinfo. Segundo o especialista, “o debate sobre o salário mínimo, no entanto, causou uma certa sensibilidade com relação os salários mais baixos. As estatísticas mostram que, nos últimos anos, o aumento dos salários mais baixos foi um pouco maior do que o salário médio baixo”, disse Degen.
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Geralmente, esse tipo de iniciativas não é aprovada no país. Das últimas 110 propostas populares votadas nos últimos 32 anos (mais de 70 delas nos últimos dez anos), apenas 20 foram aprovadas.
“O trabalho da USS marcaria uma mudança total no processo de fixação de salários mínimos na Suíça. Até agora, eles sempre foram negociados entre associações patronais e os sindicatos dos setores econômicos, com base na produtividade e na capacidade das empresas em pagar o mínimo estabelecido”, observa o economista e colunista suíço Beat Kappeler em entrevista ao portal Público.
(*) Com informações da Agência Efe, Público e Swissinfo