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O Tribunal Constitucional egípcio anulou nesta quinta-feira (14/06) a composição da Câmara dos Deputados e também declarou inconstitucional a Lei de Isolamento Político, que poderia impedir o general reformado Ahmed Shafiq de se candidatar à presidência do país.
A vice-presidente do Tribunal Constitucional, Tahani el Gebali, disse que “a decisão foi pela anulação da Assembleia do Povo (a Câmara dos Deputados) em sua totalidade, e não só um terço”.
Previamente, a televisão estatal egípcia anunciou que a resolução do tribunal atingia só um terço (166) dos deputados da Câmara Baixa, que conseguiram sua cadeira em listas individuais abertas.
A justiça considerou, no entanto, que os congressistas infringiram a lei, pois concorreram representando partidos políticos e não de forma independente. A vice-presidente acrescentou que as decisões e leis aprovadas até o momento pelo Parlamento egípcio não serão canceladas.
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O Parlamento egípcio foi formado no final de janeiro, após um longo e complexo processo eleitoral, e é composto por 508 deputados, dos quais 498 foram escolhidos nas eleições e dez foram designados pela Junta Militar.
Em outra resolução, o tribunal declarou a inconstitucionalidade da Lei de Isolamento Político, o que permite Shafiq, último primeiro-ministro de Hosni Mubarak, concorrer nas eleições presidenciais que serão realizadas neste sábado e domingo.
Essa lei, aprovada em abril no Parlamento, impedia ex-altos-funcionários do antigo regime de Mubarak de se candidatarem.
*Com agências de notícias internacionais