Começou nesta terça-feira (13/09) uma greve dos trabalhadores da saúde pública no Chile. A paralisação deverá durar 48 horas e, caso a adesão seja total, cerca de 26 mil pessoas que atuam no setor só deverão voltar às suas atividades na próxima quinta-feira (15).
A greve foi motivada pelo descumprimento de um acordo assinado em novembro de 2010 entre os trabalhadores e o Ministério da Saúde. Além disso, os profissionais reclamam da falta de financiamento da saúde primária e da privatização de hospitais e postos de atendimento.
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O ministro da Saúde no país, Jaime Mañalich, afirmou que pretende impulsionar uma discussão parlamentar sobre a desmunicipalização dos cerca de 500 consultórios espalhados pelo país.
“Está chegando o momento de conversar sobre o tema da desmunicipalização da saúde primária”, afirmou Mañalich ao La Tercera. Os grevistas, no entanto, já indicaram que caso não haja uma solução “democrática” para o conflito, outra paralisação será convocada para o fim de setembro. Desta vez por três dias.
“As pessoas estão muito irritadas com (o ministro) Mañalich. Ele é agressivo, provocador. Esperamos por uma alta adesão”, afirmou Esteban Maturana, dirigente da Confusam (Confederação Nacional de Funcionários da Saúde Municipalizada).
A presidente da Confederação, Carolina Espinoza, assegurou à Agência Ansa que “todas as regiões dizem que a paralisação é absoluta”. Ainda segundo a organização, o ministro Mañalich seria o responsável por uma suposta perseguição sindical.
Casos não recebam respostas positivas do Governo, os trabalhadores chilenos afirmaram que “endurecerão” as medidas do protesto. O Chile convive atualmente com um clima de tensão com os estudantes, que protestam contra as condições atuais do ensino no país. As manifestações dos estudantes são apoiadas por 8 entre 10 chilenos.
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