Um tribunal de apelações suspendeu até a próxima quinta-feira (22/09) a leitura da sentença sobre um processo apresentado pelo presidente do Equador, Rafael Correa, contra o diário El Universo.
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A sentença deveria sair na última sexta-feira (16), mas o juiz Guillermo Freire argumentou que, como ele foi integrado ao tribunal na própria manhã, não seria possível emitir uma sentença. “É física e humanamente impossível resolver no dia de hoje (sexta)”, disse o magistrado após quase 12 horas de audiência.
O tribunal rejeitou na sexta-feira o pedido de anulação do processo apresentado pela defesa, mas falta pronunciar-se sobre a apelação à sentença em primeira instância. Inicialmente, o ex-diretor de opinião do El Universo Emilio Palacio e três diretores desse jornal foram condenados a três anos de prisão e a indenizar o presidente com 40 milhões de dólares.
A audiência se prolongou por quase 12 horas, durante as quais Xavier Zavala, um dos advogados do diário, disse que a sentença “foi resultado de corrupção judicial”. Já Mónica Vargas, outra das advogadas do El Universo, afirmou que em um estado democrático “não se pode condenar um jornal por emitir uma opinião”.
Por sua vez, Alambert Vera, que defende Correa, afirmou que a coluna causou danos “não quantificáveis” à reputação do presidente do Equador, já que o acusa de cometer assassinato e delitos de lesa-humanidade. O artigo de opinião dizia que Correa ordenara “disparos à vontade e sem prévio aviso em um hospital cheio de civis” em 30 de setembro de 2010.
Nessa data houve no Equador uma sublevação policial, e o líder equatoriano ficou retido no centro médico da Polícia por muitas horas, até que foi resgatado em meio a um tiroteio.
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