As eleições legislativas constituintes na Tunísia acontecerão em 23 de outubro, anunciou nesta quarta-feira (08/06) o primeiro-ministro do governo de transição, Beji Caid Essebsi.
O pleito, o primeiro após a queda do regime do ex-presidente Zine El Abidine Ben Ali, estava previsto, a princípio, para 24 de julho, mas a Comissão Eleitoral havia mostrado a disposição de adiá-lo.
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A nova data foi acordada em uma reunião nesta quarta-feira entre os integrantes do Executivo e os dirigentes das forças políticas e dos membros da Comissão Eleitoral.
Em 22 de maio, essa comissão, formada por personalidades independentes de prestígio, propôs o adiamento da reunião eleitoral até 16 de outubro, alegando que não havia tempo suficiente para elaborar o censo eleitoral nem para preparação das forças políticas, muitas delas de novos partidos.
Apesar disso, o governo decidiu dias depois manter a convocação em julho, embora posteriormente a Comissão tenha voltado a defender o adiamento.
O presidente da comissão, Kamel Jendoubi – um militante dos direitos humanos exilado na França durante o regime de Ben Ali – não excluiu, no entanto, na semana passada que pudesse ser alcançada uma solução de compromisso.
Nas últimas semanas, multiplicaram-se as negociações entre as forças políticas e o governo para chegar a um acordo sobre a data eleitoral.
O movimento islamita moderado Ennahda defendia até o momento a manutenção da data de 24 de julho, alegando que um adiamento do pleito prolongaria a instabilidade no país desde a fuga de Ben Ali em 14 de janeiro.
Outros partidos de esquerda radical defenderam o adiamento até o outono para que as forças políticas pudessem dispor de mais tempo para apresentar-se diante dos cidadãos e preparar sua infraestrutura em todo o país.
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