Atualizada às 12h06
A Ucrânia fechou parcialmente as fronteiras com a Rússia no leste do país. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (05/06) pelo presidente ucraniano interino, Alexsandr Turchinov. O objetivo da medida, segundo ele, é impedir a entrada de armas e militantes nas cidades de Donetsk e Lugansk, focos de movimentos separatistas.
A Rússia protestou e classificou a decisão como “inaceitável”. “Em vez de abrir estas fronteiras para todos aqueles que desejam deixar a área das ações militares, estas são fechadas. É absolutamente ofensivo e inaceitável”, declarou Aleksandr Lukashevich, porta-voz do ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov.
Agência Efe (4.jun.2014)
Separatista junta objetos pessoais em base de resistência em Lugansk; Ucrânia fechou fronteira do leste com a Rússia
Por sua vez, o governador da região russa de Rostov do Don, Vasili Golubev, declarou estado de emergência em 15 distritos na fronteira com a Ucrânia após a cidade registrar a entrada de mais de 8.000 ucranianos nas últimas 24 horas. O primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, acusou Kiev de mentir negando a ausência de refugiados deixando o leste do país e definiu a situação humanitária como “sem precedentes”.
De acordo com Medvedev, em média, 3.000 pessoas chegam por dia em Rostov do Don.
G7 em Bruxelas
O G7 (grupo dos sete países mais industrializados do mundo – dessa vez, excluindo a Rússia) concluiu nesta quinta a reunião de cúpula alertando Moscou de que mais sanções podem vir ao país no caso de “novos atos de agressão”.
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“Desde que começou a crise na Ucrânia, os membros do G7 e da União Europeia (UE) estiveram unidos em sua resposta aos atos de agressão” da Rússia, disse o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, em entrevista coletiva ao final da reunião.
Van Rompuy afirmou que “se os acontecimentos exigirem, estamos dispostos a intensificar as sanções e a considerar medidas adicionais”, e apontou que, os líderes do G7 transmitirão essa mensagem “pessoalmente” ao presidente Vladmir Putin na celebração do aniversário do Desembarque da Normandia, que acontece nesta sexta-feira (06/06) na França.
Agência Efe
Vitali Klitschko, aliado próximo do novo presidente Petro Poroshenko, assumiu Prefeitura de Kiev nesta quinta-feira
Putin, por sua vez, ironizou o fato de ter sido excluído da reunião em represália à anexação da península da Crimeia, que fazia parte do território ucraniano. “Façam bom proveito”, afirmou a jornalistas em São Petersburgo.
Novo prefeito
O novo prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, assumiu nesta quinta-feira (05/06) o cargo prometendo “tolerância zero” com a corrupção. O político, que é campeão de boxe, alcançou 56,7% dos votos nas eleições de 25 de maio.
Klitshcko é aliado próximo do presidente eleito Petro Poroshenko, que assume o comando do país neste sábado (07/06).
(*) Com Ansa e Efe