O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, afirmou nesta segunda-feira (14/03) que recebeu garantias de que a União Europeia não participará de uma possível intervenção militar unilateral – sem a aprovação da ONU (Organização das Nações Unidas) – na Líbia. Patriota participou, ao lado do presidente do Uruguai, José Mujica, de encontro entre empresário uruguaios e brasileiros na Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).
“Falei com a alta representante da UE, Catherine Ashton, sobre quais seriam os próximos passos para a comunidade internacional [em relação ao conflito na Líbia]. Para minha satisfação, ela disse que qualquer medida que envolva intervenção militar terá que ser aprovada pela carta da ONU. Ou seja, não haverá intervenção unilateral”, disse Patriota.
Leia mais:
Forças leais a Kadafi bombardeiam Brega
Forças de Kadafi recuperam cidade de Brega, diz TV líbia
França declara apoio a conselho nacional rebelde da Líbia
Kadafi denuncia complô colonialista e descarta negociar com rebeldes
Parlamento Europeu e rebeldes da Líbia pressionam por exclusão aérea no país
A chefe da diplomacia europeia se reuniu hoje no Cairo com o presidente da Liga Árabe, Amr Moussa. No encontro, o principal assunto foi a situação na Líbia. Ashton e Moussa, o secretário-geral da Liga Árabe, conversaram sobre a posição da UE frente ao conflito no país e sobre as possibilidades de o Conselho de Segurança das Nações Unidas vir a votar o estabelecimento de uma “zona de exclusão aérea”.
Ontem (13/03), a UE rejeitou a zona de exclusão aérea na Líbia. A chanceler alemã, Angela Merkel, que encabeçou a reunião, e outros líderes europeus se mostraram contrários à medida e definiram que a imposição da zona de exclusão pode acontecer somente quando haja uma “necessidade evidente”, como ataques aéreos a civis ou uso de armamento químico; uma “base legal provada” através de uma resolução do Conselho de Segurança da ONU ou do tratado de Genebra, se forem verificados crimes contra a humanidade por parte do regime de Muamar Kadafi; e o “apoio da região”, ou seja, da União Africana e da Liga Árabe.
Siga o Opera Mundi no Twitter
Conheça nossa página no Facebook
NULL
NULL
NULL