Atualizada às 11h50
Ao menos cinco pessoas ficaram feridas na madrugada deste sábado (01/02) em um ataque a acampamentos de opositores em Bancoc, capital da Tailândia. De acordo com o jornal The Guardian, os manifestantes foram alvo de tiros e explosões.
O atentado, cujos responsáveis ainda não foram identificados, ocorreu na região turística de Chinatown, conhecida por reunir grande quantidade de pessoas, na véspera das eleições deste domingo (02/02).
O governo da primeira-ministra Yingluck Shinawatra mobilizou cerca de 200 mil policiais para tentar evitar atos de violência durante a votação. Desde novembro do ano passado, opositores pedem o adiamento do pleito e a renúncia de todo o gabinete.
Agência Efe
O líder opositor Suthep Thaugsuban pediu que seus seguidores não bloqueiem os eleitores
Um dos líderes dos manifestantes, o ex-vice-primeiro-ministro Suthep Thaugsuban recuou na noite desta sexta-feira e pediu para que ninguém impeça os eleitores dispostos a participar da eleição. O opositor, porém, defendeu um “bloqueio pacífico” nas principais vias de Bancoc.
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Mesmo depois de pedido da Comissão Eleitoral, Yingluck Shinawatra decidiu manter a realização das eleições e rejeitou o adiamento. Após curta e polêmica campanha, 2.423 candidatos de 53 partidos concorrem neste domingo. O Partido Democrata decidiu não participar.
Opositores consideram que todo o sistema político local é corrupto e que o atual governo está a serviço dos interesses do ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, irmão de Yingluck.
Agência Efe
Protestos contra o atual governo começaram em novembro do ano passado
Thaksin, deposto em 2006 por um golpe militar, ganhou – diretamente ou através de coligações simpáticas a ele – todas as eleições gerais desde 2001, graças ao apoio da população rural do norte e nordeste do país, que se beneficiou com suas políticas sociais.
A crise atual já fez mais de 90 mortos e 1.900 feridos. A Tailândia teve, desde 1932, 18 golpes de Estado.