O Comitê de Patrimônio Mundial da Unesco, reunido em Brasília, recomendou nesta sexta-feira (30/7) que o Peru mantenha “medidas reforçadas de controle” nas ruínas incas de Machu Picchu, sobretudo após os temporais de janeiro deste ano. O comitê se inclinou por incluir à cidade inca na lista de patrimônios da humanidade “em perigo”, mas finalmente só foi acordado pedir ao Peru que se mantenha “vigilante” e que regule o fluxo de turistas.
Em sua 34ª reunião, o comitê disse que reconhece “os esforços” do governo peruano para preservar o lugar. Desde 1983, Machu Picchu está na lista de patrimônios da humanidade elaborada pela Unesco.
Na mesma reunião, o comitê decidiu manter a cidade antiga de Jerusalém e as tumbas dos Reis Buganda em Kasubi (Uganda) na lista de patrimônios ameaçados. Além disso, decidiu incluir nessa lista de bens ameaçados à catedral Bagrati e o mosteiro de Gelati, ambos na Geórgia. O comitê expressou “preocupação a respeito das intervenções irreversíveis que estão ocorrendo como parte de um projeto de reconstrução”, que “debilitaria a integridade e autenticidade” das ruínas.
A decisão que causou mais polêmica até agora em Brasília foi a retirada das ilhas Galápagos (Equador) da lista de patrimônios ameaçados. As ilhas estavam na lista desde 2007 devido ao turismo crescente e outros problemas de ordem ambiental e social.
Segundo a União Internacional para a Preservação da Natureza, órgão consultivo da Unesco, a decisão foi “apressada”, pois apesar dos “esforços” do governo equatoriano para preservar o arquipélago, a situação nas Galápagos “continua sendo crítica”.
Durante a reunião realizada em Brasília, que termina no próximo dia 3 de agosto, a Unesco também deverá decidir sobre 39 novas candidaturas a patrimônio mundial apresentadas por 33 países.
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