A empresa russa Kogalimavia descartou, nesta segunda-feira (02/11), que a queda do Airbus A-321 ocorrida na madrugada deste sábado (31/10) na Península do Sinai, no Egito, tenha sido provocada por questões técnicas. De acordo com o subdiretor geral da companhia aérea, Alexander Smirnoff, “a única causa possível é uma ação externa”. Ele também descartou “uma falha técnica e erros da tripulação”.
Agência Efe
Homenagem às vítimas diante da embaixada russa na Bielorrússia
O Airbus A-321 decolou da cidade de Sharm el-Sheikh, no Egito, com destino ao aeroporto de Pulkovo, em São Petersburgo, na Rússia, às 5h51 (hora local, 1h51 de Brasília) e desapareceu dos radares 22 minutos depois. Com a queda, 224 pessoas, entre passageiros e tripulantes, morreram.
Smirnoff ressaltou que os motores do avião foram inspecionados em Moscou em 26 de outubro e não foram encontrados problemas. Segundo ele, a tripulação tampouco comunicou a presença de falhas durante o voo e não há registro de nenhuma incidência técnica nos últimos cinco voos da aeronave.
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O governo russo, por sua vez, afirmou nessa segunda que ainda não há base suficiente para descartar nenhuma hipótese, como declarou o porta-voz do Kremilin Dimitri Peskov, quando questionado sobre a possibilidade de o avião ter sido alvo de um ataque terrorista.
Agência Efe
Oficiais examinam destroço do avião russo que caiu na Península do Sinai, no Egito
O chefe do Comitê de Aviação da Rússia, por sua vez, Viktor Sorochenko, declarou neste domingo (01/11) que o avião “se partiu no ar”. Segundo ele, “a desintegração ocorreu no ar e os fragmentos [do avião] estão espalhados por uma vasta área. Ele é parte de um painel internacional de experts de Rússia, Egito, França e Irlanda que estão investigando a queda do avião.
Ainda no sábado (31/10), poucas horas após o incidente, jihadistas na Península do Sinai aliados ao Estado Islâmico afirmaram ter derrubado o avião em represália aos ataques russos na Síria contra alvos do grupo extremista. Autoridades russas e egípcias, no entanto, descartaram a hipótese. O primeiro-ministro egípcio, Sharif Ismail, disse ter consultado especialistas que confirmaram que o avião, que voava a 9.450 metros de altitude, não poderia ter sido derrubado pelas armas conhecidas dos militantes.