A Chubu Electric desativou nesta sexta-feira (13/05) o primeiro dos dois reatores operacionais da usina nuclear de Hamaoka, situada em uma zona de alto risco sísmico, à espera que as atividades sejam completamente interrompidas no sábado (14/05).
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A central de Hamaoka se encontra 200 quilômetros ao sul de Tóquio, em uma região onde é alto o risco de ocorrer um terremoto de até 8 graus na escala Richter nos próximos 30 anos, pelo que o governo exigiu há uma semana que seus reatores fossem desativados.
Segundo a agência local Kyodo, a paralisação foi realizada ao inserir as chamadas barras de controle no núcleo do reator a fim de interromper as reações de fissão, que cessaram às 13h56 locais (1h56 de Brasília).
A Chubu Electric, empresa operadora da usina, foi obrigada a submeter-se às exigências do Governo e no sábado desativará o reator 5, que, assim como a unidade 4, tem mais de 1 mil megawatts de potência.
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O reator 3 estava parado desde novembro devido a uma revisão de rotina, enquanto as unidades 1 e 2 serão desmanteladas.
Esta suspensão sem precedentes ocorre em plena crise pelo acidente nuclear iniciado em Fukushima após o terremoto de 9 graus de 11 de março, que provocou uma queda em cadeia do sistema de resfriamento da usina e graves vazamentos radioativos.
O primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, disse nesta sexta-feira que a suspensão temporária de Hamaoka era necessária, antes das mudanças das medidas de segurança nuclear.
“Assim que chegarem ao fim as investigações do acidente, os padrões de segurança provavelmente terão que mudar”, indicou Kan no Parlamento japonês (Dieta).
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