Terça-feira, 13 de maio de 2025
APOIE
Menu

Agência Efe

Nesta sexta-feira (18/05) o escritor peruano e prêmio Nobel de Literatura, Mário Vargas Llosa, criticou duramente a decisão da presidente argentina, Cristina Kirchner, de reestatizar a companhia petrolífera YPF, que pertencia à multinacional de origem espanhol Repsol. Na mesma ocasião, defendeu as medidas de austeridade impostas aos espanhóis, afirmando que elas são “inevitáveis”.

Para Llosa, a presidente é “o exemplo flagrante da vocação autodestrutiva da Argentina”. Ainda segundo o escritor, a situação de confronto entre os argentinos e os espanhóis por conta da reestatização “é um episódio entre muitos outros, parte de políticas puramente demagógicas que prejudicam de uma maneira trágica a própria sociedade argentina”.
 

Receba em primeira mão as notícias e análises de Opera Mundi no seu WhatsApp!
Inscreva-se

Escritor peruano critica reestatização da petrolífera YPF

NULL

NULL

Llosa, conhecido por suas posições favoráveis ao liberalismo econômico que atingiu o mundo nos anos 1990, falou sobre o assunto durante um encontro com a imprensa em Las Palmas, nas Ilhas Canárias.

O Nobel de Literatura continuou seus ataques e afirmou ainda que a Argentina é uma exceção em uma América Latina que “está hoje melhor do que nunca esteve em toda a sua história”.

”Austero”

Para Llosa, “os sacrifícios ferozes” que estão a exigir aos espanhóis “são inevitáveis”. Ele criticou também quem se posiciona contrariamente à Alemanha, principal defensora das medidas de austeridade orçamentária e rigor fiscal. “Não há o que recriminar a Alemanha, apenas aplaudi-la”.

O escritor esteve na Espanha para receber o título de Doutor Honoris Causa na Universidad de Las Palmas.