O governo da Venezuela anunciou nesta quarta-feira (17/08) que retirará suas reservas internacionais depositadas em bancos europeus para “proteger os ativos do país”. Para a medida, a Venezuela usa como argumento a instabilidade do sistema financeiro internacional.
Dos 29 bilhões de dólares que a Venezuela possui em reservas internacionais, cerca de seis bilhões de dólares estão em instituições europeias.
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O governo estuda transferir parte destes ativos ao Brasil, Rússia e China. O restante das reservas está concentrado em cerca de 365 toneladas de ouro que serão transferidas gradualmente de volta aos cofres do Banco Central venezuelano.
“O que queremos (com a medida) é proteger nossos ativos”, afirmou a jornalistas o presidente do Banco Central da Venezuela, Nelson José Merentes Díaz, em Caracas, ao lado do ministro de Finanças, Jorge Giordani.
Pelo telefone, o presidente do país, Hugo Chávez – que continua tratamento contra um câncer – interveio na entrevista para defender a medida, que, a seu ver, corrige medidas impostas pelo FMI (Fundo Monetário Internacional), as quais seu governo teria demorado para identificar.
“Nos anos 1980, o ouro venezuelano foi levado a outros países por exigência do Fundo Monetário Internacional. É uma medida saudável para o país trazer esse ouro”, disse o presidente.
A medida acompanha uma decisão de Chávez de nacionalizar o ouro do país, de olho no incremento das reservas internacionais.
O Parlamento convocou uma sessão extraordinária para discutir a medida, que tem sido criticada pela oposição.
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