O governo venezuelano apresentou uma denúncia acusando a agência de segurança da Colômbia, o DAS (Departamento Administrativo de Segurança), de espionar em seu território. A operação colombiana estaria investigando o assassinato de oito cidadãos do país no estado de Táchira (oeste de Venezuela) no último final de semana.
Caracas enviou uma nota oficial a Bogotá em que rechaça o que considera a “reiterada presença de funcionários do DAS em território venezuelano, detectados enquanto espionavam e subornavam testemunhas”. O documento denuncia ainda que está em curso um “grande plano de conspiração e desestabilização contra a Venezuela” e “exige” do governo da Colômbia “a interrupção imediata” dessas supostas atividades.
A nota foi entregue à embaixadora da Colômbia na Venezuela, María Luisa Chappe, ao mesmo tempo em que o governo venezuelano assumiu a repatriação dos oito corpos. Bogotá assegura que a Venezuela negou a permissão para que um avião buscasse os colombianos.
Relações tensas
As relações entre Venezuela e Colômbia atravessam um novo período de turbulência, que vem após o mal estar criado com o anúncio colombiano de que instalaria bases militares em seu território com a participação dos Estados Unidos.
O crime descoberto do final de semana aumentou a tensão. Enquanto o secretário geral de governo do estado de Táchira, Lemagno Flores, culpou o ELN (Exército de Libertação Nacional da Colômbia) pelos assassinatos, outros, como a senadora colombiana Piedad Córdoba, consideram que os autores podem ser grupos paramilitares.
No sábado Hugo Chávez também protestou formalmente pelas declarações do ministro da Defesa colombiano, Gabriel Silva, firmou que os vôos do narcotráfico com destino à América Central e aos Estados Unidos saem da Venezuela. O ministro da Defesa e vice-presidente da Venezuela, Ramón Carrizález, qualificou as afirmações de de Silva de “grosseiras e desrespeitosas”, e informou que entregou à embaixada colombiana em Caracas uma “nota de protesto”.
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