O xerife do condado de Maricopa, no estado norte-americano do Arizona, Joe Arpaio, afirmou nesta quarta-feira (28/7) que continuará a promover operações de busca contra imigrantes ilegais, apesar da decisão da Justiça que suspendeu os trechos mais polêmicos da lei que criminaliza a imigração irregular no estado.
“A Juistiça emitiu sua sentença, mas isso não vai afetar nossas operações. Nada mudou em nossa luta contra a imigração ilegal”, disse Arpaio durante uma movimentada entrevista coletiva em seu gabinete em Phoenix, capital do Arizona.
“Se a pessoa estiver aqui de forma ilegal, a entregaremos às autoridades de imigração e alfândegas”, enfatizou Arpaio, que já tinha ordenado a ampliação da prisão de Tent City, onde os presos são mantidos sob temperaturas que chegam a 60°C.
Mais cedo, a juíza federal Susan Bolton vetou as partes mais polêmicas da lei SB1070, promulgada pela governadora do Arizona, a republicana Jan Brewer, em 23 de abril deste ano. Os protestos marcados para quinta-feira em Phoenix serão “uma boa prova” da eficácia da sentença, disse Arpaio.
“Será surpreendente se [os imigrantes ilegais] comparecerem com tal publicidade”, declarou o xerife.
Critérios
O xerife enfatizou que seus subordinados estão capacitados para prender os imigrantes ilegais em função de certos “critérios”, como não portar os devidos documentos migratórios e povoar “áreas onde prevalece” a população ilegal.
Arpaio disse que seus agentes realizarão amanhã a 17ª operação para a “supressão do crime” desde março de 2008, sem se importar com a sentença federal.Segundo o gabinete do xerife, as últimas 16 operações prenderam quase mil imigrantes, dos quais 600 estavam em situação ilegal. Arpaio disse que conta com 800 agentes capacitados pelo Departamento de Segurança Nacional, 3 mil voluntários e 2 mil oficiais nos centros de detenção. Desde o final de 2006, segundo ele, as operações policiais detiveram 40 mil imigrantes ilegais.
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