O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, afirmou estar de acordo com os pontos propostos pela presidente costarriquenho, Oscar Arias, em reunião na capital da Costa Rica, San José, entre delegações do governo golpista de Roberto Micheletti e do governo deposto. Arias ofereceu uma proposta de sete pontos concretos para resolver a crise, que inclui a restituição de Zelaya como presidente até janeiro. O governo golpista já disse que não aceita.
“Estamos de acordo, mas sempre e quando todos os poderes do Estado estejam integrados no novo governo”, disse Zelaya à Rádio Globo, e acrescentou que seu regresso a Honduras será em questão de horas, no mais tardar, amanhã (20).
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Divergências
Apesar do sinal verde de Zelaya, as negociações seguem emperradas na Costa Rica. Deve haver uma nova rodada de diálogo hoje (19).
A ex-ministra de Energia de Zelaya Rixi Moncada destacou ontem que, inicialmente, a delegação aceita a proposta de sete pontos de Arias, em sua qualidade de mediador, e explicou que esta inclui o retorno de Zelaya ao poder a partir de 24 de julho.
No entanto, Carlos López, atual chanceler hondurenho e líder do grupo que representa Micheletti, disse que ainda não houve um acordo definitivo entre as partes e que serão necessárias consultas para analisar a legalidade das medidas sugeridas pelo presidente costarriquenho.
Moncada ressaltou que sua delegação acha “factível” o êxito da mediação do presidente costarriquenho e Prêmio Nobel da Paz 1987, sempre e quando Zelaya for devolvido pacificamente à Presidência hondurenha.
Já López se limitou a dizer que o atual governo hondurenho “acolheu com interesse as sugestões do mediador” e que está disposto a “fazer um exame profundo das propostas”.
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