Autoridades russas anunciaram nesta segunda-feira (26/12) que equipes de resgate recuperaram parte da fuselagem do avião militar russo que caiu neste domingo (25/12) no mar Negro. Oficiais russos também disseram trabalhar com quatro hipóteses, que não incluem terrorismo, para a queda da aeronave Tu-154, que tinha destino a uma base militar russa na Síria e levava 92 pessoas a bordo.
Partes do avião “estão a 27 metros de profundidade e a 1,6 quilômetro da costa”, disse a porta-voz das equipes de resgate, Rimma Chernova, à agência de notícias AFP. Parte da fuselagem e “duas partes do mecanismo de controle do avião” foram resgatadas e trazidas para terra firme, informou o Ministério da Defesa da Rússia.
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A operação de resgate, que envolve no momento mais de 3.500 pessoas, 45 embarcações e cinco helicópteros, seguirá noite adentro e sem interrupções por vários dias, disseram as autoridades.
Agência Efe
Pessoas deixam homenagens diante do teatro Aleksandrov, em Moscou, a membros do coral Aleksandrov Ensemble que morreram na queda do avião
As principais teorias para explicar a queda do avião, que não deixou sobreviventes, incluem erro do piloto, falha técnica, combustível avariado ou objeto estranho no motor, segundo o Serviço Federal de Segurança Russa afirmou em comunicado divulgado nesta segunda-feira, descartando a possibilidade de um ato terrorista.
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Segundo Maksim Sokolov, ministro de Transportes da Rússia, terrorismo não está entre as suspeitas de possíveis razões para a queda do avião. “Hoje, as principais teorias não incluem terrorismo, então nós presumimos que problemas técnicos ou um erro do piloto podem ter sido a causa. Mas eu ressalto que somente uma investigação, assim como um comitê técnico especial do Ministério da Defesa, poderá nos dizer com certeza” o que aconteceu, disse Sokolov à imprensa nesta segunda-feira.
As autoridades russas disseram que não havia material explosivo ou pirotécnico no avião e que nenhuma pessoa não autorizada se aproximou da aeronave enquanto ela abastecia no aeroporto de Sochi. A torre de controle perdeu o contato com o avião dois minutos após a decolagem.
As caixas-pretas ainda não foram recuperadas, mas a área de buscas foi expandida, informaram as autoridades.
O primeiro avião transportando os restos mortais das vítimas chegou a Moscou nesta segunda-feira. A Rússia estava hoje em dia nacional de luto pelas vítimas, entre as quais militares, nove jornalistas e a presidente da fundação Fair Aid, a médica Elizaveta Glinka, conhecida filantropa russa, além de 64 integrantes do coro e grupo de dança Alexandrov Ensemble, das Forças Armadas, que se apresentariam nas festas de fim de ano da base aérea russa de Khmeimim, na Síria.