O Departamento de Apreensão Criminal de Minnesota, nos Estados Unidos, prendeu nesta sexta-feira (29/05) Derek Chauvin por envolvimento na morte do cidadão negro George Floyd, de 46 anos. O ex-policial aparece em imagens sufocando Floyd com o joelho.
Floyd foi asfixiado pelo policial branco após ser detido por um suposto pagamento com uma nota falsa em um estabelecimento comercial. Imagens gravadas na hora em que Floyd foi detido mostram que não houve resistência à prisão, mas o homem foi colocado no chão, ao lado de um veículo na rua, e teve o pescoço pressionado por Chauvin.
A gravação mostra Floyd ofegante e afirmando que não estava conseguindo respirar, pedindo “por favor” para que Chauvin o soltasse. Ele foi levado pelos paramédicos, mas morreu pouco tempo depois.
O comissário do Departamento de Segurança Pública de Minnesota, John Harrington, declarou que o ex-agente está sob custódia. Segundo o jornal britânico The Guardian, o ex-agente está sendo acusado de homicídio em terceiro grau e homicídio culposo, quando não há a intenção de matar.
O promotor Mike Freeman disse que pode haver acusações subsequentes. Freeman afirmou que não há informações sobre os outros policias que estavam no episódio e que também foram afastados de seus cargos. “Achamos apropriado focar no agressor mais perigoso”, disse.
Fibonacci Blue/Flickr
George Floyd morreu após ser asfixiado por policial na última segunda-feira
Após a morte de Floyd, cidades norte-americanas registraram manifestações que pedem justiça e o fim da violência policial contra a população negra do país.
Nesta quinta-feira (28/05), pelo terceiro dia consecutivo, atos ocorreram em Denver, Columbus, Phoenix e Nova York. Em Minneapolis, cidade onde ocorreu o caso, manifestantes tocaram fogo em uma delegacia que os agentes afastados trabalhavam. Pela primeira vez em 34 anos, o governador de Minnesota, Tim Walz, solicitou apoio da guarda nacional do país para conter os protestos.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que na terça-feira (27/05) havia postado uma mensagem de apoio à família de Floyd e disse que pediu a intervenção do FBI no caso, voltou a se manifestar nesta quinta e condenou a violência nos protestos. O mandatário afirmou pela sua conta no Twitter que “quando os saques começarem, os tiros vão começar”.
A rede social avaliou que a postagem continha teor violento e ocultou a mensagem.
(*) Com Ansa.