Egiptólogos suíços afirmaram na última quarta-feira (21/06) que uma peça encontrada em um cemitério próximo à cidade de Luxor, no Egito pode ser a prótese humana mais antiga do mundo. Feito de madeira, o artefato tem o formato de um dedão do pé, com um espaço lateral para que o membro pudesse se encaixar na prótese.
De acordo com especialistas da Universidade de Basileia e de Zurique, na Suíça, que reanalisaram a peça descoberta junto com pesquisadores da Universidade Egípcia do Cairo, o achado arqueológico tem mais de 3.000 anos de idade e pertencia a uma mulher da elite social egípcia. A prótese foi analisada com técnicas de microscopia moderna, tecnologia de raios X e tomografia computorizada.
University of Basel, LHTT. Image: Matjaž Kačičnik
Peça de 3.000 anos pode ser prótese mais antiga do mundo, dizem pesquisadores suíços
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Os estudiosos ainda sugerem que a peça foi modificada diversas vezes para melhor se adaptar ao pé de sua portadora, revelando uma grande familiaridade e domínio da anatomia humana por parte do artesão que fabricou a prótese.
O cemitério de Sheikh'Abd el-Qurna, nos arredores de Luxor, data do século 15 a.C. e foi construído por uma família da elite ligada à família real egípcia.
Descoberto em 2007 por pesquisadores da Universidade de Manchester, o artefato ficou conhecido como “Dedo do Cairo”. A prótese humana mais antiga conhecida até então era uma perna de bronze, datada do ano 300 a.C. que foi destruída em um bombardeio durante a 2ª Guerra Mundial.