Professores, estudantes e trabalhadores das 57 universidades públicas da Argentina foram às ruas de Buenos Aires nesta quinta-feira (30/08) para protestar por melhores salários e contra os cortes na educação superior do país.
Em greve há quase um mês, as universidades cobram do governo do presidente Mauricio Macri mais investimentos em infraestrutura e reajuste salarial para docentes e trabalhadores.
A manifestação, que começou às 17h em frente ao Congresso argentino, estava prevista para se dirigir ao Ministério da Educação, mas teve seu trajeto alterado pelas centrais sindicais organizadoras, que decidiram se concentrar na Plaza de Mayo, em frente a Casa Rosada, sede do poder executivo do país.
“Na Casa Rosada, exite um grupo de empresários empenhados em destruir a universidade pública. E aqui exitem milhões empenhados em defendê-la”, afirmou, em discurso, Luis Tiscornia, um dos dirigentes do sindicato de docentes Conadu Histórica.
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Além das agremiações de trabalhadores e docentes, a demonstração também contou com a presença de diversos grupos do movimento estudantil
Além das agremiações de trabalhadores e docentes, o protesto também contou com a presença de diversos grupos do movimento estudantil, de estudantes secundaristas, organizações científicas e de direitos humanos, e outros movimentos autônomos.
Na última semana, houve diversos atos em diversas universidades, onde aulas eram dadas nas ruas como sinal de protesto. As negociações salariais com o governo foram frustradas quando Macri ofereceu 15% de reajuste, a metade do que reivindicavam os docentes.
Os professores e trabalhadores alegam que o aumento oferecido pelo governo ainda não é suficiente, tendo em vista a inflação, que deve fechar 2018 na casa dos 30%.