A publicação em 26 de março de 1920 da obra Este Lado do Paraíso, do jovem autor norte-americano Scott Fitzgerald, 23 anos, levou-o imediatamente ao sucesso.
Fitzgerald, cujo nome deriva de seu antepassado Francis Scott Key, autor da música The Star Spangled Banner (A Bandeira Estrelada), o hino nacional dos Estados Unidos, nasceu na cidade de St. Paul, Minnesota, em uma família endinheirada cujos ascendentes possuíam fortuna e tinham forte influência.
Financiado por uma tia rica, Fitzgerald foi encaminhado a um internato em Nova Jersey em 1911, passando a frequentar, dois anos mais tarde, a Universidade de Princeton.
Fitzgerald esteve engajado nas atividades de teatro, de artes e de outras manifestações do campus universitário. Sua situação financeira era, no entanto, consideravelmente pior que a das famílias de seus colegas. Uma condição de “outsider”, real ou imaginária, que o incomodava. Assim, depois de três anos, deixou Princeton para alistando-se no exército durante a I Guerra Mundial.
Enquanto servia o exército, permanecendo por um bom tempo posicionado em Montgomery, Alabama, Fitzgerald manteve um romance com a privilegiada e paparicada Zelda Sayre, filha de um juiz da Suprema Corte do Estado.
A exemplo da heroína de O Grande Gatsby, livro que Scott Fitzgerald viria a escrever, ela rejeita o jovem, temendo que ele não pudesse sustentá-la. Como Gatsby, Fitzgerald jurou conquistá-la de volta.
Scott Fitzgerald mudou-se então para Nova York, reescreveu um romance sobre Princeton que havia iniciado ainda no colégio e logo tornou-se o mais jovem autor jamais publicado até aquela data pela editora Scribner.
O sucesso do livro garantiu-lhe fama e fortuna. Convenceu então Zelda a casar-se com ele, e os dois deram início a uma vida agitada de festas glamourosas e de lances extravagantes em Nova York.
O casal, no entanto, gastava muito além do que suas posses permitiam, e em pouco tempo estava mergulhado em dívidas. Mudaram-se para a Europa, na esperança de cortar drasticamente as despesas. Tornaram-se amigos de outros escritores estrangeiros que lá viviam, inclusive Ernest Hemingway e Gertrude Stein. Na Europa, Fitzgerald concluiria sua obra-prima, O Grande Gatsby, publicado em 1925.
A mudança para a Europa não foi suficiente para que os Fitzgeralds estabilizassem seus gastos. Apesar de Fitzgerald ter publicado dezenas de contos – 178 em toda a sua carreira, pelos quais foi relativamente bem remunerado –, a dívida do casal só crescia. Ele mergulhou no alcoolismo, e Zelda tornou-se mais e mais instável psiquicamente.
Em 1930, ela sofreu uma primeira de diversas crises mentais e foi internada. Passou o restante de sua vida em um sanatório.
O romance seguinte de Fitzgerald, “Suave É a Noite”, teve repercussão menor junto ao público norte-americano. Em consequência, a fortuna de Fitzgerald despencou. Em 1937, mudou-se para Hollywood, a fim de tentar carreira como roteirista. Enamorou-se de uma colunista social, parou de beber e passou a esforçar-se para voltar a escrever.
Aos 44 anos, no entanto, um ataque cardíaco lhe tirou a vida, em 1944.
Também nessa data:
1811 – Têm início o movimento ludita na Inglaterra
1827 – Morre Ludwig van Beethoven, gênio da música clássica
1953 – É anunciada a descoberta da vacina contra a poliomielite
1971 – Bangladesh obtém independência
1979 – Egito e Israel assinam tratado de paz