No dia 13 de junho de 324 a. C., morre na Babilônia aos 33 anos, Alexandre o Grande, jovem gênio militar macedônio que erigiu um império que se estendia do Mediterrâneo oriental à Índia.
Nascido na Macedônia, filho do rei Filipe II e da rainha Olympias, Alexandre recebeu uma educação clássica do célebre filósofo Aristóteles e uma educação militar de seu pai.
Aos 16 anos, Alexandre comandou suas primeiras tropas e dois anos depois liderou uma grande parte do exército de seu pai. Nesse momento, ganharia uma batalha decisiva em Queroneia, na Beócia, em agosto de 338 a. C.
As tropas da Beócia e de Atenas, Megara, Corinto e Acaia eram um pouco superiores às da Macedônia, mas a vitória de Alexandre foi absoluta. Filipe usaria da sua habitual diplomacia para conseguir consolidar seu domínio sobre o mundo helênico: Tebas foi tratada com severidade por ter violado juramentos. Apenas Atenas foi tratada com generosidade, pois o príncipe Alexandre exigiu uma guarda de honra que levou as cinzas de soldados mortos até sua terra natal. Um tributo único que incluiu a libertação de dois mil prisioneiros de guerra atenienses.
Em 336 a. C., Filipe II foi assassinado e Alexandre ascendeu ao trono. Dois anos depois, o jovem rei comandou um grande exército na invasão da Ásia Menor para concretizar o grande sonho de seu pai: conquistar a Pérsia. Com maior efetivo do que as forças inimigas, Alexandre exibiu um planejamento militar estratégico e manobras táticas sem precedentes. Jamais perdeu uma única batalha e, por volta de 330 a. C., toda a Pérsia e a Ásia Menor estavam sob seu domínio.
Wikimedia Commons
Nascido na Macedônia, filho do rei Filipe II e da rainha Olympias, Alexandre o Grande, foi um jovem gênio militar, que ergeu um império
Em seu império, construiu grandes e duradouras cidades, como Alexandria, no Egito, e promoveu mudanças políticas e econômicas radicais baseadas nos avançados modelos gregos. Embora já controlasse o mais extenso império da história da humanidade, lançou uma nova campanha rumo ao Oriente logo após seu retorno da Pérsia.
Em 327 a. C. conquistou o Afeganistão, a Ásia Central e o norte da Índia. No ano seguinte, seu exército, exaurido após oito anos seguidos de batalhas, recusou-se a seguir adiante. Sem alternativa, Alexandre levou-o de volta para casa, em meio a uma difícil jornada através do inóspito deserto de Makran.
Finalmente alcançam a Babilônia. Alexandre começa a construir uma grande frota para transportar seu exército para o Egito. Contudo, em junho de 324 a. C., exatamente quando os trabalhos de construção dos navios chegaram ao fim, sentiu-se mal após um prolongado banquete regado a muita bebida. Morreria logo em seguida.
Talvez realmente pensando ser um deus, não havia escolhido um sucessor. Menos de um ano após sua morte, o exército e o império fraturaram-se em múltiplas facções que começaram a guerrear entre si. Seu corpo foi trasladado mais tarde para Alexandria, onde, num túmulo dourado, repousam seus restos mortais.
Também nesse dia:
1971 – ‘Papéis do Pentágono’ são publicado nos Estados Unidos
1944 – São lançados os V-1, primeiros mísseis de cruzeiro operacional
1878 – Abertura do Congresso de Berlim que decide sobre o destino dos Bálcãs
(*) A série Hoje na História foi concebida e escrita pelo advogado e jornalista Max Altman, falecido em 2016.