Atualizada às 12h43
O presidente boliviano, Evo Morales, concedeu uma entrevista à emissora multiestatal TeleSUR neste domingo (12/10) desmentindo as informações publicadas na página do canal estatal Bolivia TV. Após ter a página hackeada na noite de ontem, a estatal informou que as eleições celebradas hoje no país seriam canceladas porque o presidente teria sofrido uma tentativa de assassinato e estaria em estado grave. O site privado Red Uno também foi invadido.
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Divulgação
Tuíte dizia que fontes oficiais confirmavam intenção de assassinato contra Evo e que ele estaria em grave estado de saúde
Para o mandatário, candidato à segunda reeleição e favorito nas pesquisas de intenção de voto, as informações atentam contra a democracia. “Este tipo de informação quer prejudicar a participação do povo boliviano”, afirmou logo após comparecer à seção eleitoral onde votou.
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“Quero dizer que estou com vida e chamo a todos a não se confundirem com comentários de ação interessada em atentar contra a democracia”, afirmou.
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O governo boliviano informou hoje que já está investigando os responsáveis por ter hackeado a página da Bolivia TV. O vice-ministro de Políticas Comunicacionais, Sebastián Michel, disse que será realizada “uma investigação profunda para não descartar que o objetivo desse ato era fazer um ensaio para medir a reação social diante de um magnicídio”.
Agência Efe
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O chefe da missão de observadores da OEA (Organização dos Estados Americanos), Álvaro Colom, classificou a ação como “guerra suja”. A ministra de Comunicação, Amanda Dávila, informou, logo após a divulgação da notícia, que o mandatário estava bem e que jogava futebol em Villa Tunari, no estado de Cochabamba.
Aproximadamente seis milhões de bolivianos irão às urnas para eleger presidente, vice-presidente, senadores e deputados. Com 59% das intenções de voto, segundo as últimas pesquisas, Evo é favorito a vencer o pleito. A oposição, pelos indicativos das sondagens, não conseguirá somar os votos necessários para a realização de um segundo turno.