O jornalista e fundador de Opera Mundi, Breno Altman, lança nesta segunda-feira (25/03) seu livro Contra o Sionismo: retrato de uma doutrina colonial e racista, publicado pela editora Alameda, na capital mineira de Belo Horizonte, às 19h, na Casa do Jornalista.
O evento, realizado pelo Comitê Mineiro de Solidariedade à Palestina, dá sequência ao giro de lançamentos que o jornalista tem feito no Brasil com o objetivo de debater a atualidade do genocídio executado pelo estado sionista de Israel contra o povo palestino.
Recentemente, Altman realizou uma tour pelas cidades nordestinas, incluindo lançamentos em Campina Grande, João Pessoa, Recife, Natal, Sobral, Fortaleza e São Luís, com milhares de presentes e mais de 1.500 livros vendidos.
Após a passagem por Belo Horizonte, os próximos destinos do jornalista serão nas cidades catarinenses de Florianópolis (03/04) e Chapecó (04/04).
O livro Contra o Sionismo foi entregue recentemente ao presidente cubano, Miguel Diaz-Canel, durante o 3º Colóquio Internacional Pátria, evento em Havana realizado entre 18 e 20 de março. Altman, como um dos principais críticos do sionismo no Brasil, foi convidado para discutir a guerra de Israel contra os palestinos ao lado da professora e diretora para a América Latina da emissora pan-árabe Al Mayadeen, Wafica Mehdi.
Antes do lançamento, na mesma segunda-feira, Altman ainda participa de um debate com o tema “Contra o genocídio: do Brasil à Palestina”, às 11h30, no Auditório Carangola da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FAFICH), da Universidade Federal da Minas Gerais.
Na discussão estarão presentes a jornalista palestino-brasileira Soraya Misleh, a estudante Muna el Kadri, a secretária de Juventude da Federação Árabe Palestina (FEPAL) Maynara Nafe, a vice-presidenta da União Estadual dos Estudantes de Minas Gerais (UEE-MG) Sabrina Moreira, e as deputadas Jô Moraes e Mariana Fernandes.
Contra o Sionismo: retrato de uma doutrina colonial e racista
Lançado em dezembro de 2023, o livro de 100 páginas é resultado das intervenções de Breno Altman no canal de Youtube de Opera Mundi, em que tratou da história do sionismo, da resistência palestina e das agressões do governo de Benjamin Netanyahu contra a população civil de Gaza. Hoje, com mais de cinco meses de guerra, a conduta das autoridades israelenses já resultou na morte de quase 30 mil palestinos.
Altman aponta as diferenças entre judaísmo e sionismo e esclarece como o próprio sionismo se transformou em uma ideologia racista, colonial e teocrática que promoveu a construção de um regime de apartheid contra os palestinos.
Desde o início dos ataques israelenses a Gaza, em outubro de 2023, Altman tem continuamente denunciado o massacre contra o povo palestino. Em decorrência de suas críticas ao regime sionista de Israel, o jornalista passou a ser alvo de uma série de ações judiciais a pedido de organizações sionistas, como a Confederação Israelita do Brasil (Conib), que pedem a censura ao jornalista.
Diversas entidades têm se pronunciado em defesa da liberdade de expressão de Altman. Recentemente, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) e a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) ingressaram como “amicus curiae” em uma reclamação constitucional ao Supremo Tribunal Federal (STF) encabeçada pela defesa do jornalista e fundador de Opera Mundi, Breno Altman.
A defesa de Altman solicita no STF a suspensão de todas as decisões judiciais que determinam que ele ou as redes sociais excluam mensagens publicadas nessas plataformas nas quais há críticas ao Estado de Israel e à política do governo de Netanyahu.
No campo jurídico, “amicus curiae”, termo proveniente do latim que, traduzido, significa “amigo da Corte”, é uma expressão caracterizada pela intervenção de um terceiro no processo civil, que fornece informações de relevância para que magistrados possam tomar decisões mais fundamentadas.