Após dois meses de restrições que limitaram as atividades comerciais sociais dos moradores, as autoridades de Xangai anunciaram à meia-noite (no horário local) desta quarta-feira (01/06) a suspensão do lockdown para combater a covid-19.
No final de março, a cidade de 25 milhões de habitantes e principal centro econômico da China foi bloqueada depois que uma variante da ômicron se espalhou. A flexibilização será aplicada a cerca de 22 milhões de pessoas, segundo o vice-prefeito Zong Ming.
As autoridades locais já começaram a se mobilizar e retirar as barreiras físicas que foram instaladas na cidade.
Em entrevista coletiva, ele explicou que o transporte público, incluindo ônibus, rede de trânsito ferroviário e serviços de balsa, será retomado, enquanto que os carros particulares poderão circular normalmente, exceto nas áreas classificadas como de médio e alto risco.
Mesmo assim, as máscaras continuarão sendo obrigatórias e estabelecimentos, como supermercados, lojas, farmácias e shopping centers, só poderão receber 75% da capacidade. Além disso, todos aqueles que quiserem entrar em locais públicos e usarem o transporte público precisarão realizar exames de covid-19 a cada 72 horas.
As mesmas regras também se aplicam a locais culturais e turísticos e estádios. Já em relação às escolas, Xangai retomará as aulas presenciais em etapas, dando prioridade aos alunos matriculados nos dois últimos anos do ensino médio e aos do terceiro ano.
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Todos que quiserem entrar em locais públicos e usarem o transporte precisarão realizar exames de covid-19 a cada 72 horas
Segundo Zong, a cidade ainda está em uma fase crítica de prevenção e controle da epidemia e, portanto, precisa da compreensão, apoio e cooperação contínuos de todos.
O vice-prefeito pediu ainda para todos os moradores seguirem as medidas de prevenção e controle, mantendo o distanciamento social e se vacinando.
Desde o começo da pandemia, a China adota uma política para frear a disseminação do novo coronavírus, com lockdown em cidades inteiras e testagem em massa ao menor sinal de crescimento nos contágios.
O governo da China chegou a rebater as críticas do diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, sobre a “covid zero” adotada pelo país. A chancelaria do país pediu que as pessoas olhem para as políticas chinesas contra a pandemia de modo “objetivo e racional”.
(*) Com Ansa.