O presidente da Argentina, Alberto Fernández, anunciou nesta quinta (10/12) a assinatura de um contrato de compra da vacina russa contra o coronavírus e disse que prevê receber, ainda em 2020, 600 mil doses, com as entregas restantes até fevereiro e o início da imunização em janeiro.
“Vamos contar com as doses necessárias para vacinar dez milhões de pessoas entre janeiro e fevereiro”, disse. Ou seja, como a vacina russa é dada em duas doses, 20 milhões de imunizantes devem chegar ao país sul-americano até fevereiro.
O governo argentino informou que pessoas de grupos de risco, juntamente com os profissionais da saúde e forças de segurança, terão prioridade na vacinação, que será gratuita e facultativa.
Fernández explicou também que, a partir do primeiro trimestre, os demais cidadãos serão vacinados, sempre de forma voluntária. Recentemente, o governo argentino já tinha revelado o plano de vacinar 13 milhões de pessoas, ou seja, 25% da população, entre os meses de janeiro e março.
Casa Rosada
Fernandéz anunciou assinatura de contrato para compra de vacina russa
O presidente argentino acrescentou que “o contrato também estipula que a Argentina tenha preferência para obter cinco milhões de doses extras para vacinação em março”, e disse que a ação de seu homólogo russo, Vladmir Putin, foi fundamental. “Quero agradecer ao presidente Putin por ter se encarregado pessoalmente para que isso ocorresse”, disse.
Em relação à confiança no imunizante, Fernández disse que “o primeiro a receber a vacina russa vai ser eu, não tenho dúvida nenhuma da sua qualidade.”
Segundo o ministro da Saúde, Ginés González García, a Argentina está em negociações com várias empresas para ter a vacina em curto prazo – mas a russa foi a única que deu garantia de entrega. “As primeiras doses, entendo que serão produzidas na Rússia. A produção em grande escala, entendo que será feita na Ásia, pode ser Coreia do Sul, Índia ou Bangladesh”, afirmou.
(*) Com Sputnik e teleSUR