A farmacêutica britânica AstraZeneca anunciou nessa sexta-feira (11/12) que vai fazer um estudo combinando a vacina desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford com a russa Sputnik V, criada pelo Instituto Gamaleya de Pesquisa em Epidemiologia e Microbiologia, para verificar se há aumento de eficácia na prevenção da covid-19.
“Hoje anunciamos um programa de experimentação clínica para avaliar a segurança e a imunogenicidade de uma combinação entre a AZD1222, desenvolvida pela AstraZeneca e Universidade de Oxford, e a vacina Sputnik V, do Instituto Gamaleya”, diz a nota oficial.
O anúncio formal veio pouco após os pesquisadores russos sugerirem a combinação dos dois imunizantes para um teste de eficácia. As duas vacinas usam o chamado “método tradicional” de produção, com o uso de adenovírus para induzir o corpo a gerar uma resposta imunológica contra o Sars-CoV-2.
No caso da AZD1222 (antes chamada de ChAdOx1 nCoV-19) é usado o mesmo adenovírus nas duas doses; já na Sputnik V os cientistas usam dois adenovírus diferentes.
Reprodução/Sputnik V
Vacina russa será testada em combinação com a da AstraZeneca
A vacina AstraZeneca/Oxford foi a primeira a ter a publicação dos resultados da fase 3 em revista científica, com uma eficácia de 90%. No entanto, por conta de dúvidas sobre o porquê de a dose menor ter dado um resultado melhor, estudos ainda estão sendo realizados.
Já a Sputnik V é o imunizante usado pelos russos para o programa de vacinação em massa, iniciado no último sábado (05/12) em Moscou.
O país espera que cerca de duas milhões de doses sejam usadas. No entanto, ainda não há publicação de resultados da fase 3 em revista científica e os dados não foram revisados por cientistas independentes.