O mais populoso dos estados norte-americanos, com quase 40 milhões de habitantes, a Califórnia libertará milhares de prisioneiros para diminuir as contaminações pela covid-19 em suas cadeias lotadas.
Até 8 mil detentos poderão reivindicar a libertação antecipada até o final de agosto, juntando-se aos 10 mil já liberados, desde o início da crise de saúde.
Até o momento, a Califórnia registrou mais de 300 mil casos de infecções e mais de 6,8 mil mortes.
“Essas iniciativas visam a garantir a saúde e a segurança da população carcerária e dos funcionários”, afirmou o diretor do departamento de administração prisional, Ralph Diaz, em um comunicado.
Preocupação em São Francisco
O anúncio, aclamado pelos defensores da reforma penitenciária, acontece após o aumento dos casos de covid-19 em San Quentin, uma das prisões mais antigas da Califórnia, onde mais de mil prisioneiros testaram positivo para o novo coronavírus.
Wikicommons
Anúncio acontece após o aumento dos casos de covid-19 em San Quentin, uma das prisões mais antigas da Califórnia
“Esta é uma das nossas preocupações mais profundas no momento”, disse o governador Gavin Newsom, no final de junho, observando que 42% dos aproximadamente 3,5 mil presos desta prisão, que fica perto de São Francisco, eram considerados “frágeis clinicamente”.
Os casos de infecção na prisão de San Quentin constituem quase metade dos registrados nas prisões estaduais, onde estão presos, ao todo, cerca de 113 mil pessoas.