A declaração foi dada pelo o ministro da Saúde alemão, Karl Lauterbach, após confirmar, nesta quarta-feira (06/04), que a Alemanha manterá o período de isolamento de sete dias para os casos positivos.
Em uma mensagem publicada no Twitter, Lauterbach defendeu que o isolamento dos doentes seja obrigatório. Ele admitiu ter cometido um erro ao sugerir o fim da medida para pacientes positivos. Assim como outros países europeus, o governo alemão flexibilizou as medidas que limitam a propagação do SARS-Cov-2: o uso da máscara continua sendo necessário nos estabelecimentos de saúde, nos trens e nos aviões, mas é facultativo em outros lugares fechados, como lojas e restaurantes.
As regras atualmente em vigor na Alemanha determinam um período de isolamento de pelo menos sete dias para os doentes. Com o aumento das contaminações nas últimas semanas, a quarentena obrigatória gerou problemas de atendimentos nos hospitais e no setor público – muitos profissionais da saúde e servidores tiraram licença médica e foram afastados.
2) Corona ist keine Erkältung. Daher muss es weiter eine Isolation nach Infektion geben. Angeordnet und kontrolliert durch die Gesundheitsämter. Dazu morgen mehr. Der Fehler lag bei mir und hat nichts mit der FDP oder Lockerung zu tun. Es ging um Entlastung der Gesundheitsämter
— Prof. Karl Lauterbach (@Karl_Lauterbach) April 6, 2022
Diante do contexto, na semana passada, o ministro da Saúde alemão abriu a possibilidade de tornar o isolamento “voluntário”, por cinco dias e recomendou a realização de um teste, que não seria obrigatório, após este período. A Alemanha registrou, na última quarta-feira (05/04), cerca de 214.985 novas contaminações. O balanço é cerca de 20% menor do que a semana anterior, mas o patamar se mantém elevado. Desde o início da epidemia, mais de 22 milhões de casos foram contabilizados.
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Desde o início da epidemia, mais de 22 milhões de casos foram contabilizados na Alemanha
China registra recorde de casos
A China registrou, nesta quarta-feira, mais de 20.000 novos casos de Covid-19, o maior balanço diário desde o início da pandemia. Cerca de 80% das infecções foram contabilizadas em Pequim. A metrópole de 25 milhões de habitantes adotou o lockdown por fases na semana passada, o que provocou cenas de pânico nos supermercados e testes generalizados em algumas zonas residenciais.
As instalações criadas para acolher e isolar os pacientes contaminados continuam a receber novos casos e as autoridades mantêm os rígidos protocolos de saúde, que incluem a separação dos pais negativos de bebês que testam positivo para covid. Contrariamente a 2020, maioria dos casos registrados atualmente é de pacientes assintomáticos e, por enquanto, nenhuma morte foi registrada.
A China aplica a estratégia de ‘covid zero’, que inclui lockdown em regiões onde há foco de propagação, testes em larga escala e severas restrições às viagens internacionais. Mas desde março, os casos não param de aumentar, desde a chegada da variante ômicron.