A Eslováquia anunciou nesta quinta-feira (18/11), por meio do primeiro-ministro Eduard Heger, um lockdown exclusivo para pessoas que não se vacinaram contra a covid-19. A medida entra em vigor na próxima segunda-feira (22/11) e valerá por pelo menos três semanas.
Nesse período de restrição, indivíduos imunizados ou que tenham se curado da doença nos últimos seis meses poderão ir a restaurantes, shoppings, lojas de itens não essenciais e eventos esportivos.
O governo também determinou a obrigatoriedade de testar os cidadãos não vacinados no trabalho em todas as regiões mais afetadas pela emergência sanitária.
Um número recorde de casos foi registrado nos últimos dias no país de 5,5 milhões de habitantes, ultrapassando os 8 mil novos contágios da última terça-feira (16/11). Desde o início da semana, a Eslováquia está sofrendo com falta de leitos de terapia intensiva.
Atualmente, o país tem uma das taxas de vacinação anti-covid mais baixas da União Europeia (UE), com 45% da população imunizada, em comparação com a média do bloco, que é de 65%.
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Eslováquia tem uma das menores taxas de vacinação da União Europeia, com 45% da população imunizada
De acordo com o premiê, as pessoas vacinadas serão as primeiras a se beneficiar da redução das restrições.
Quarta onda da covid-19
A Europa entrou, em novembro de 2021, em uma quarta onda de infecções pelo coronavírus, o que fez os casos de covid-19 dispararem. Nas últimas semanas, inclusive, vários países do continente estão discutindo a volta de algumas medidas protetivas por causa do aumento exponencial de contaminação.
A situação seria muito pior se já não houvesse pessoas vacinadas, já que é comprovado que as vacinas disponíveis reduzem substancialmente os casos graves e de mortes.
A quarta onda de covid na Europa atinge os países de diferentes maneiras. O negacionismo dos antivacinas prejudica o combate à doença, e ele se manifesta com maior ou menor intensidade a depender da nação.
Vale lembrar que, em um país como a Alemanha, que têm 83 milhões de habitantes, se 24% desse total não se vacinou, são cerca de 19 milhões desprotegidos. As autoridades alemãs, inclusive, falam em uma pandemia de não vacinados.
(*) Com Ansa.