Os indicadores continuam a se deteriorar na França, onde 2.288 pessoas testaram positivo para o novo coronavírus em 24 horas. O balanço representa uma progressão inédita desde o mês de maio, segundo os dados oficiais da Direção Geral de Saúde (DGS), publicados nesta sexta-feira (07/08).
No dia 5 de junho, praticamente um mês após o fim da quarentena, as autoridades francesas afirmaram que a epidemia de covid-19 estava “sob controle” no país. Um mês depois, há que se questione se a declaração não foi feita cedo demais.
De acordo com o balanço desta sexta-feira, pelo menos 9.330 novos casos de covid-19 foram registrados em uma semana. Além disso, desde a quinta-feira (06/08), 21 novos focos de contaminação apareceram, elevando o total a 787, sendo 288 ativos.
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A França contabiliza nesta sexta-feira 30.324 óbitos, 21 a mais que na véspera, sendo 19.818 em estabelecimentos hospitalares e 10.506 em estabelecimentos sociais e médico-sociais, como casas de repouso para idosos.
“Os indicadores se deterioram, confirmando uma circulação mais ativa do vírus no conjunto do território (francês), em particular entre jovens adultos”, destacou a Direção Geral de Saúde, que pediu às pessoas para “reforçar a vigilância”.
U.S. Pacific Fleet/Flickr
Uso de máscaras é obrigatório em espaços públicos fechados desde 20 de julho na França
Na terça-feira (04/08), o Conselho Científico, que orienta o governo na luta contra a covid-19, havia alertado que a França não estava isenta de uma recidiva descontrolada da epidemia, e pediu que a população respeitasse as medidas de contenção. Desde meados de julho, quando começaram as férias de verão no país, os franceses retomaram sua rotina, inclusive com festas e viagens. O temor das autoridades é que isso contribua para uma retomada da pandemia.
O uso de máscaras é obrigatório em espaços públicos fechados desde 20 de julho na França. Mas nos últimos dias a medida também vem sendo imposta nas ruas um número cada vez maior de cidades do país.
América Latina e Caribe lideram ranking de óbitos
Se na França as autoridades tentam conter e segunda onda de contágios, a América Latina e o Caribe ainda enfrentam com dificuldades a primeira fase da pandemia. Segundo dados divulgados nesta sexta-feira, esta continua sendo a região do mundo com mais óbitos provocados pela covid-19. Mais de 213.000 morreram vítimas do vírus nesta parte do mundo, superando assim o número de óbitos registrados na Europa.
América Latina e Caribe se tornaram a região com maior número de contaminados pelo novo coronavírus no final de julho. No dia 26, quando o mundo registrou mais de 16 milhões de infecções confirmadas, metade das contaminações vinham do continente americano e a maior parte dos casos já estavam na América Latina e no Caribe.