A previsão é que a circulação volte aos níveis de antes da epidemia apenas entre 2024 e 2027. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (27/07) pela ADP, grupo que gerencia cerca de vinte aeroportos em todo o mundo, incluindo Orly e Roissy Charles de Gaulle, em Paris.
No primeiro semestre, o grupo registrou perdas de € 543 milhões, por conta do fechamento das fronteiras que deixou a frota de aviões no solo. Só em Paris, o tráfego registrou uma queda nos primeiros seis meses do ano de mais de 62%, o que representa mais de 19,8 milhões de passageiros.
“É a primeira vez em 50 anos que o tráfego aéreo registra uma queda tão brutal e está provado que a retomada será progressiva”, declarou o CEO do grupo, Augustin de Romanet, citado em um comunicado.
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A Associação Internacional do Transporte Aéreo (IATA) estima que o tráfego aéreo mundial deve voltar ao seu ritmo de antes de crise em 2023, e prevê uma queda no volume de vendas de US$ 419 bilhões em 2020.
O grupo francês ADP aposta que, no espaço interno e em Schengen, a situação pode se normalizar entre 2021 e 2022. Mas o retorno ao normal deve ser prejudicado pela lentidão da retomada do tráfego internacional, declarou.
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Apenas na capital francesa, tráfego registrou queda nos primeiros seis meses do ano de mais de 62%
Voos longos mais caros e raros
Os voos de longa distância serão afetados pelas decisões dos Estados em abrir ou fechar as fronteiras em função da evolução da pandemia, do poder aquisitivo dos passageiros e da diminuição das viagens de negócios. A tendência é que as companhias aéreas se concentrem em linhas mais rentáveis e diminuam a frota.
Nos meses de abril e maio, o tráfego ficou praticamente paralisado e a retomada foi lenta em junho e julho. O setor foi afetado pela crise do coronavírus desde março. Para ajudar as companhias aéreas, o grupo exonerou as empresas, desde o dia 16 de março, do pagamento da taxa de estacionamento. A medida foi reconduzida a partir do dia 1 de julho.