Um relatório divulgado nesta quinta-feira (27/08) pelo Instituto Superior de Saúde (ISS) e Ministério da Saúde da Itália revelou que atualmente existem 1.374 focos da doença ativos no país europeu, um acréscimo de 490 novos surtos em uma semana.
De acordo com o estudo sobre a evolução da pandemia no território italiano, entre 17 e 23 de agosto, ambos os números estão aumentando pela quarta semana consecutiva. Na anterior, foram notificados 1077 surtos ativos, dos quais 281 eram novos.
“Isso implica um maior empenho dos serviços locais nas atividades de rastreamento de contatos. Os serviços conseguiram até agora conter a transmissão local do vírus, mas, se a tendência atual de aumento da incidência persistir, as capacidades de respostas poderão ser severamente testadas”, alerta o texto.
Segundo a pesquisa, a maioria dos casos de contágio de Sars-CoV-2 continua a ser contraída no território nacional.
“20,8% dos novos casos diagnosticados na semana de acompanhamento são importados do estrangeiro, porém, em relação à semana anterior, há um aumento de casos importados de outra região ou província (de 2,3% na semana de monitoramento anterior para 15,7% na semana atual)”.
Ao todo, pelo menos 16 regiões e províncias autônomas relataram um aumento no número de contágios em relação à semana anterior que não pode ser atribuído apenas às importações do exterior.
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Pelo menos 16 regiões e províncias autônomas relataram um aumento no número de contágios
Embora o número em muitas regiões e províncias continue baixo, em outras realidades regionais continua sendo notificado um elevado número de novas infecções e “se observa uma tendência generalizada de aumento”. “Isso deve exigir cautela, pois denota que em algumas partes do país a circulação do vírus ainda é significativa”, acrescenta o ISS e o Ministério da Saúde.
Além disso, nesta última semana de monitoramento, 36% das novas contaminações diagnosticadas na Itália foram identificadas por triagem, enquanto 32% nas atividades de rastreamento de contatos. Os demais casos, porém, foram classificados como sintomáticos (27%), não relatado (5%).
Outro dado relevante é sobre a idade média dos casos diagnosticados, que é de 29 anos, confirmando uma tendência decrescente. O resultado está relacionado com o fato de que os jovens estão circulando com maior frequência depois da reabertura de atividades comerciais.
O relatório ainda indica que “há uma mudança na dinâmica de transmissão, com surgimento de casos e surtos associados a atividades recreativas tanto na Itália quanto no exterior, e uma menor gravidade clínica dos casos diagnosticados que, na maioria dos casos, são assintomáticos”.
De uma forma geral, é “essencial manter uma elevada consciência da população em geral sobre o agravamento da situação epidemiológica e a importância de continuar a cumprir rigorosamente todas as medidas necessárias para reduzir o risco de transmissão, como a higiene pessoal, o uso de máscaras e distanciamento físico”.