O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou nesta quinta-feira (25/06) que não há motivos para criticar a China no início da pandemia do novo coronavírus.

“Não podemos criticar a China e dizer que eles não reagiram a tempo porque com o que podemos comparar isso? Não existiam outras informações antes daquelas da China”, justificou. Segundo Ghebreyesus, as medidas introduzidas em Wuhan “eram muito boas e fortes e eles identificaram o vírus e compartilharam imediatamente a sequência [do genoma]”.

A cidade de Wuhan foi a primeira a registrar casos da doença em dezembro de 2019 e, poucas semanas depois da notificação da primeira infecção por covid-19, tanto a localidade como a província de Hubei foram colocadas sob lockdown.

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O diretor-geral da OMS ainda ressaltou que o governo chinês “estava de acordo com a permissão da chegada de especialistas internacionais” ao país e que a China colaborou com a entidade.

Desde o início da pandemia, a expansão da covid-19 tem servido como motivo de hostilidades contra Pequim por parte de governos de extrema direita como o do presidente dos EUA, Donald Trump, e de Jair Bolsonaro, no Brasil. O norte-americano chegou a inclusive retirar o país da OMS alegando uma suposta “dependência” da entidade à China.

No final de abril, Trump disse que o país estava realizando “investigações muito sérias” sobre a origem do coronavírus e sugeriu que o governo chinês poderia ter “impedido” que o vírus se espalhasse. 

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Geng Shuang, respondeu aos ataques afirmando que “alguns políticos norte-americanos estariam mentindo com a motivação de desviar a atenção de sua resposta insuficiente à pandemia do novo coronavírus em seu próprio país”. 

Os Estados Unidos lideram a lista mundial com o maior número de casos confirmados da covid-19. Segundo o levantamento da Universidade Johns Hopkins, há 2.398.491 casos e 122.238 mortes em decorrência da doença.

(*) Com Ansa.