Quinta-feira, 12 de junho de 2025
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A América Latina não conseguirá reativar sua economia se não conseguir frear os contágios. O alerta foi feito nesta quinta-feira (30/07) pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) e pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).

A constatação é fruto de um relatório conjunto dessas organizações regionais das Nações Unidas. O documento enfatiza que a redução das infecções requer liderança política e coordenação.

Ao apresentar o relatório, a secretária executiva da Cepal, Alicia Bárcena, e a diretora da OPAS, Carissa Etienne, destacaram que sem saúde não há economia que funcione. “Os países devem evitar pensar que devem escolher entre reabrir as economias e proteger a saúde e o bem-estar de seus povos. Esta, de fato, é uma escolha errada”, disse Etienne.

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“Vimos várias vezes que a atividade econômica completa não pode ser retomada, a menos que tenhamos o vírus sob controle. E tentar fazê-lo de outro modo coloca vidas em risco e amplia a incerteza causada pela pandemia”, enfatizou.

“Estamos enfrentando a pior crise em um século”, complementou Bárcena, alertando para o risco de que a crise da saúde se transforme em uma crise alimentar. Ela também ressaltou a necessidade de estabelecer uma renda básica de emergência por seis meses para toda a população em situação de pobreza em 2020.

Relatório conjunto da Cepal e Opas enfatiza que redução das infecções de covid-19 requer liderança política e coordenação entre governos

Minsa

América Latina e o Caribe são a região do planeta com o maior número de casos da covid-19: 4,6 milhões

Região vulnerável

A Cepal e a OPAS destacaram que a região é particularmente vulnerável por seus altos níveis de trabalho informal, pobreza e desigualdade, além dos sistemas de saúde e proteção social frágeis, da superlotação urbana e dos problemas ambientais.

Por esses motivos, as entidades apontaram que para favorecer a reativação e reconstrução, é necessário um aumento nos gastos fiscais. O investimento público destinado à saúde deve, segundo elas, alcançar pelo menos 6% do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto atualmente está em uma média de 3,7%.

Dos mais de 17 milhões de casos registrados no mundo todo desde o surgimento do vírus na China, em dezembro, a América Latina e o Caribe são a região do planeta com o maior número: 4,6 milhões. Além disso, somam quase 192.000 mortos dos mais de 667.000 registrados no mundo.