O presidente eleito da Argentina, Javier Milei, vem modificando a retórica em relação a líderes ou países que atacou durante sua campanha. Exemplo disso é o agradecimento que fez ao mandatário da China, Xi Jinping, por uma carta de felicitações após a eleição.
O economista de extrema direita usou das redes sociais nesta quarta-feira (22/11) para responder a carta do governo chinês, a quem fez críticas durante a corrida eleitoral.
“Agradeço ao presidente Xi Jinping as felicitações e votos de felicidades que me enviou através da sua carta. Envio-lhe os meus mais sinceros votos de bem-estar ao povo da China”, afirmou o recém-eleito presidente.
Agradezco al Presidente Xi Jinping las felicitaciones y los buenos deseos que me ha hecho llegar a través de su carta. Le envío mis más sinceros deseos de bienestar para el pueblo de China. pic.twitter.com/p67iaFc69L
— Javier Milei (@JMilei) November 23, 2023
Durante sua campanha, Milei foi duro em declarações sobre Pequim dizendo que não continuaria a parceria comercial da Argentina com os chineses, referindo-se a Xi Jinping como um “assassino” com quem não se faz comércio.
Meio Independente/Twitter
Durante sua campanha, Milei foi duro em declarações sobre Pequim
Em uma entrevista no início de novembro, Milei atacou novamente o país, além da Rússia e Coreia do Norte, afirmando que condena tais países tal qual condena as “organizações terroristas Hamas e Hezbollah”.
Na conversa, o então presidenciável prometeu chamar de volta os embaixadores argentinos das nações mencionadas.
Por sua vez, nesta semana, Pequim pediu ao futuro presidente que reconsidere seu posicionamento e afirmou que seria um “grave erro cortar as relações com Brasil e China”.
Sobre o Brasil, Milei também mudou um pouco sua retórica. Apesar de ter chamado o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de “ladrão” e “corrupto” e ter convidado o ex-presidente, Jair Bolsonaro, para sua posse, o economista disse, também na quarta-feira, que “se Lula quiser ir à posse será bem-vindo. Ele é o presidente do Brasil”.
(*) Com Sputniknews