O presidente Jair Bolsonaro e Alberto Fernández, mandatário da Argentina, tiveram nesta segunda-feira (30/11) sua primeira reunião desde que o peronista tomou posse em 10 de dezembro de 2019.
A conversa aconteceu por videoconferência e marcou o Dia da Amizade Brasil-Argentina. Na reunião, Bolsonaro e Fernández discutiram assuntos de interesse em comum aos dois países, e trataram especialmente do Mercosul.
Bolsonaro lamentou a morte do ex-jogador Diego Maradona, morto por uma parada cardiorrespiratória na última semana, e pediu “mecanismos mais ágeis e menos burocráticos” no Mercosul.
O presidente argentino, por sua vez, ressaltou a necessidade de que ele e Bolsonaro deixem de lado “as diferenças do passado” pois só assim os países conseguirão “enfrentar o futuro com as ferramentas que funcionam bem entre nós” para “valorizar todos os pontos de acordo”.
“Realizo esta reunião para dar ao Mercosul o impulso que necessita e é imprescindível que Brasil e Argentina o façam juntos”, disse Fernández.
Planalto
Presidente brasileiro lamentou morte de Maradona, e peronista falou em deixar de lado ‘diferenças do passado’
Nos últimos meses, Fernández e Bolsonaro trocaram farpas diversas vezes – antes mesmo de o presidente argentino ser eleito. Nas eleições, Bolsonaro apoiou Mauricio Macri e, durante a campanha, chamou Fernández e seus apoiadores de “bandidos de esquerda”, levando o novo presidente argentino a acusar o brasileiro de ser “misógino” e “racista”.
Em abril deste ano, Fernández criticou a posição de Bolsonaro em relação ao Mercosul.
Em setembro, o presidente argentino respondeu ao deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que havia afirmado que “a Argentina virou uma calamidade” e que “o país foi destruído pelo governo socialista” de Fernández. “A família Bolsonaro está muito preocupada comigo e com a Argentina. Não sei. Teria que entrevistar a família Bolsonaro. Não posso dizer muito sobre o que esse senhor disse”, disse o presidente argentino a repórteres.
*Com Sputnik