Os governos do Paquistão e Irão decidiram nesta segunda-feira (22/01) normalizar das relações diplomáticas após conversa telefônica entre o ministro das Relações Exteriores paquistanês, Jalil Abbas Jilani, e o seu homólogo iraniano, Hossein Amir-Abdollahian.
As duas partes concordaram que os embaixadores de ambos os países regressarão aos seus postos até esta sexta-feira (26/01).
O chanceler iraniano fará uma visita a Islamabad, capital do Paquistão, na próxima semana, a convite do seu homólogo paquistanês, segundo um comunicado em conjunto.
A reconciliação acontece após o Irã atacar, em 17 de janeiro, a sede do grupo terrorista Yeish al-Adl, localizado na região paquistanesa do Baluchistão. Segundo porta-vozes do país persa, este ataque foi realizado em resposta aos repetidos bombardeios do grupo contra membros das forças de segurança, funcionários judiciais e membros do Corpo da Guarda da Revolução Islâmica (IRGC).
Semana passada, em 18 de Janeiro, o Exército paquistanês realizou o que descreveu como ataques militares “altamente coordenados” contra “esconderijos de grupos armados na província do Sistão e do Baluchistão, no Irã”.
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O ministro das Relações Exteriores do Irã, Amir Abdollahian, visitará o Paquistão em 29 de janeiro de 2024
Após este aumento da tensão, os dois países anunciaram na sexta-feira (19/01) que concordaram em reduzir a escalada de conflito.
O primeiro-ministro interino do Paquistão, Anwar-ul-Haq Kakar, afirmou na noite de sexta-feira passada que era do interesse do país e do Irã tomar medidas para devolver as relações ao ponto em que estavam antes da recente tensão.
O Paquistão acolheria e retribuiria todos os passos positivos dados pelo lado iraniano, garantiu Kakar.
A força aérea do Paquistão lançou ataques aéreos retaliatórios contra o Irã na manhã de quinta-feira passada (18/01), confirmou um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores.
(*) Com informações da Telesur