O governo venezuelano rejeitou neste sábado (02/12) uma declaração emitida pela Secretaria Geral da Comunidade do Caribe (Caricom) em relação ao pronunciamento feito pela Corte Internacional de Justiça (CIJ) sobre as “medidas provisórias incomuns solicitadas pelo governo da Guiana contra o referendo consultivo soberano e democrático” que será realizado neste domingo (03/12).
Em um comunicado – publicado pelo ministro das Relações Exteriores, Yván Gil, em sua conta na rede social X (antigo Twitter) – a Venezuela disse que a Caricom “mente descaradamente e omite propositalmente o fato de que a CIJ rejeitou por unanimidade a tentativa imprudente da Guiana de limitar os direitos políticos dos venezuelanos e impedir a realização do referendo convocado pela Assembleia Nacional da Venezuela”.
O comunicado oficial enfatiza que é incomum que a declaração do bloco caribenho “faça malabarismos para evitar se referir ao apelo categórico do tribunal ao governo da Guiana para que pare com ações deliberadas para agravar a situação da disputa”.
TeleSUR
A Venezuela declarou que a Caricom "mente descaradamente e omite o fato de que a CIJ rejeitou com unanimidade a reivindicação da Guiana"
Entre as ações que a Guiana deveria interromper imediatamente estão “o envolvimento do Comando Sul dos Estados Unidos e a concessão de concessões em uma área marítima não demarcada”, o que ameaça a paz na região.
A Venezuela lembrou ao Caricom o triste destino sofrido por instituições como a Organização dos Estados Americanos, que sob a influência de Luis Almagro “foi transformada em uma estrutura disfuncional e ideologizada, com objetivos destrutivos e servil aos interesses imperialistas”.
A Venezuela pede que os países parceiros da Caricom voltem à seriedade e objetividade, distanciando-se dos julgamentos preconcebidos da multinacional petrolífera Exxon Mobil e do Comando Sul dos Estados Unidos, a fim de continuar garantindo uma história de cooperação, integração e paz em nossa região.