O Informe de Segurança dos Trabalhadores Humanitários (AWSD, por sua sigla em inglês) divulgou nesta quinta-feira (17/08) uma parcial do seu estudo anual, com os números de mortes, ferimentos e outros tipos de violência sofrida por esses profissionais durante o ano de 2023.
Segundo esse estudo, foram registradas 62 mortes de trabalhadores de missões humanitárias durante o primeiro semestre deste ano. O informe também identificou 84 casos de pessoas feridas, além de 34 sequestros.
Os números da primeira metade do ano indicam uma tendência a que se supere os totais registrados em 2022, ao menos na quantidade de mortes: em todo o ano passado, houve 116 mortes de trabalhadores de missões humanitárias, e caso segundo semestre de 2023 repita ou se aproxime do primeiro semestre em quantidade de vítimas fatais, é provável que supere a marca de 120.
O texto da parcial divulgada nesta quinta lembra que um possível aumento em 2023 seria uma má notícia, já que “globalmente, o número total de vítimas vinha diminuindo, ainda que marginalmente, nos últimos anos”.
UN News
Em 2023, houve 62 trabalhadores humanitários mortos, além de 84 feridos e 34 sequestrados, segundo estudo do AWSD
O estudo também indica o Sudão do Sul como o país mais inseguro para as pessoas que atuam nesse setor. Foram registrados 40 ataques no país africano este ano, que levaram à morte de 22 trabalhadores, todos eles ligados a missões da Organização das Nações Unidas (ONU).
A publicação da parcial com as estatísticas relativas aos números do primeiro semestre de cada ano é uma tradição da AWSD, realizada sempre na semana anterior do Dia Mundial da Assistência Humanitária, que se comemora em 19 de agosto, como forma de ajudar na conscientização sobre os riscos que os trabalhadores do setor enfrentam.
Vale lembrar que, neste ano, se completam 20 anos da tragédia que deu origem a esta data: ela foi criada para recordar o atentado suicida ocorrido em 19 de agosto de 2003, em um hotel de Bagdá, no Iraque, que matou 22 funcionários da missão humanitária da ONU no país, que era liderada pelo brasileiro Sérgio Vieira de Mello.
Com informações de TeleSur.