Manifestantes foram às ruas nesta terça-feira (25/08) na cidade de Kenosha, no estado de Wisconsin, pela terceira noite consecutiva em protesto antirracista contra a violência policial sofrida pelo homem negro Jacob Blake, que recebeu sete tiros à queima roupa de um policial branco.
As autoridades dispararam bombas de gás e balas de borracha contra os manifestantes. Segundo o xerife do condado, David Beth, três pessoas foram baleadas e duas morreram durante o ato.
Entretanto, Beth afirmou que os disparos não foram realizados pela polícia, mas por uma “homem armado” que seria membro de “uma milícia”.
“Eles são uma milícia. Eles são como um grupo de vigilantes”, disse o xerife sobre o autor dos disparos.
A mãe de Jacob Blake, Julia Jackson, pediu o fim da violência durante as manifestações. “Nós precisamos apenas de orações. Andando pelas ruas, eu vi muita coisa destruída. Esses comportamentos não refletem meu filho ou a minha família”, disse.
No entanto, Jackson e seu marido, que também se chama Jacob Blake, voltaram a cobrar a punição dos agentes que abordaram seu filho. “Eles atiraram no meu filho sete vezes, como se ele não tivesse importância. Mas, meu filho é importante. É um ser humano”, falou o pai.
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Segundo o xerife do condado, três pessoas foram baleadas e duas morreram durante o ato.
Ação policial
O caso de Jacob Blake voltou a dar força aos movimentos antirracistas nos Estados Unidos por mostrar, mais uma vez, a brutalidade policial contra negros. Blake havia apartado uma briga entre duas mulheres quando a polícia de Kenosha chegou ao local.
Assim que o homem foi andando para seu carro, ele foi seguido por dois agentes com arma em punho. Ao tentar entrar no seu veículo, um policial puxa a camisa dele e dispara, no mínimo, sete vezes nas costas de Blake. Os tiros à queima-roupa foram dados na frente de três dos seis filhos do homem, que estavam no carro.
Segundo informou seu pai, Blake passou por cirurgias e está paralítico da cintura para baixo. Não se sabe se a lesão será permanente.
*Com ANSA