Sábado, 14 de junho de 2025
APOIE
Menu

A Rede Global Contra Crises Alimentares, aliança criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) e União Europeia, afirmou nesta quarta-feira (11/05) que 193 milhões de pessoas enfrentaram “segurança alimentar aguda” em 53 países ou territórios no ano de 2021.

Os dados foram publicados no sexto relatório da aliança e indicam que o número de pessoas enfrentando diversos níveis de crise de fome aumentou em 40 milhões em 2021, ano relativo ao estudo. 

Segundo as Nações Unidas, o total está 22% acima do recorde registrado em 2020, com uma alta da fome constante observada em 39 dos territórios avaliados desde 2018.

Receba em primeira mão as notícias e análises de Opera Mundi no seu WhatsApp!
Inscreva-se

Países como Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau e Moçambique são os mais afetados pela insegurança alimentar aguda nos últimos anos. Entre os eventos extremos que prejudicaram a situação alimentar em Moçambique, por exemplo, estão tempestades tropicais, chuvas torrenciais e inundações. 

Já Cabo Verde registou o quinto ano consecutivo sem produção agrícola significativa, tal como aconteceu em diversas nações do Sahel, região africana entre o deserto do Saara e a savana do Sudão. 

Segundo relatório da ONU e UE, total está 22% acima dos registros de 2020; pesquisa aponta guerra na Ucrânia como um dos motivos para piora na segurança alimentar global

Pixabay

Dados foram publicados no sexto relatório da Rede Global Contra Crises Alimentares, aliança entre a ONU e UE

Para o estudo, a guerra é o “principal motor da fome”, acompanhada de mudanças climáticas e choques econômicos, ressaltando a projeção de piora no cenário mundial de segurança alimentar. 

Na Europa, em 2021, 38 milhões estavam em insegurança alimentar grave ou moderada, principalmente nas regiões de Donetsk e Lugansk, repúblicas separatistas localizadas no território ucraniano.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, destacou que “o conflito ucraniano é mais um peso na crise tridimensional de alimentos, energia e finanças com impactos arrasadores sobre pessoas e países mais vulneráveis do mundo e suas economias”.

(*) Com ONU News