Quinta-feira, 3 de julho de 2025
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Giorgia Meloni, primeira-ministra da Itália, afirmou nesta segunda-feira (12/12) que seu governo vai apresentar em breve novas regras para impedir a chegada de migrantes forçados no país.

A crise migratória no Mar Mediterrâneo tem sido um dos principais temas da agenda desde a posse da líder de extrema direita como premiê, no fim do mês de outubro, e já foi motivo de embates com a França, devido ao destino de pessoas resgatadas por navios humanitários.

“Em nível nacional, já a partir da próxima semana vamos trabalhar em novas normas para interromper o tráfico [de pessoas]. Não pretendemos recuar”, disse Meloni em um vídeo publicado no Facebook.

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“Nossa posição permanece a mesma: não se entra ilegalmente na Itália. Não queremos de modo algum favorecer os traficantes de seres humanos”, acrescentou a premiê.

O ministro das Relações Exteriores italiano, Antonio Tajani, ao participar de uma reunião ministerial em Bruxelas, declarou que Roma trabalha para que a crise migratória seja “enfrentada em curto, médio e longo prazo”.

Crise migratória tem sido um dos principais temas da agenda desde a posse da líder de extrema direita como premiê, em outubro deste ano

SOS Méditerranée/Twitter

Ocean Viking, navio da SOS Méditerranée, que foi forçado a navegar até a França após uma negativa de Roma

“Queremos criar iniciativas de investimento na África para estimular o crescimento, apenas assim se combate a imigração”, ressaltou Tajani.

Desde o início do ano, a Itália já recebeu cerca de 97,2 mil migrantes forçados via Mediterrâneo, um crescimento de 54% na comparação com o mesmo período do ano anterior, segundo o Ministério do Interior da nação.

O governo Meloni vem tentando impedir navios de ONGs de atracar no país com migrantes salvos no mar, como o Ocean Viking, da SOS Méditerranée e que foi forçado a navegar até a França após uma negativa de Roma.

Na semana passada, no entanto, duas embarcações humanitárias puderam ancorar em portos italianos com mais de 500 pessoas a bordo.

(*) Com Ansa.