O presidente dos EUA, Donald Trump, recuou e anunciou neste domingo (07/06) que vai retirar as tropas da Guarda Nacional que se encontram em Washington – e que haviam sido convocadas por ele como parte dos esforços de repressão aos protestos antirracistas.
No tuite em que anunciou a decisão, Trump mentiu: disse que havia “de longe menos manifestantes” na noite de sábado (06/06). Segundo a imprensa do país, o protesto de ontem na capital, que transcorreu de maneira pacífica, foi o maior na cidade desde o início do movimento, há 12 dias: mais de 10 mil pessoas compareceram ao ato.
“Acabei de dar a ordem para nossa Guarda Nacional iniciar o processo de retirada de Washington D.C., agora que tudo está sob perfeita ordem. Eles irão para casa, mas poderão retornar rapidamente, se necessário. De longe, menos manifestantes apareceram ontem à noite do que o esperado”, tuitou.
I have just given an order for our National Guard to start the process of withdrawing from Washington, D.C., now that everything is under perfect control. They will be going home, but can quickly return, if needed. Far fewer protesters showed up last night than anticipated!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) June 7, 2020
O movimento de Trump veio após pedidos da prefeita da cidade, a democrata Muriel Bowser, para que as tropas fossem retiradas, e críticas entre os próprios militares e pessoas ligadas à área – incluindo o secretário de Defesa do Governo, Mike Esper, os generais e ex-secretários Jim Mattis (governo Trump) e Colin Powell (governo George W. Bush), e de líderes republicanos.
A Guarda Nacional é parte das Forças Armadas norte-americanas, só que é voltada para operações dentro do país. Para intervenções além-mar, o Exército, a Marinha e a Força Aérea são acionadas.
Novas manifestações estão previstas para esta noite em diversas cidades do país, incluindo a capital Washington.
Shealah Craighead/Casa Branca
Trump mandou retirar de Washington tropas da Guarda Nacional