Em meio à apuração dos resultados eleitorais nos EUA, protestos irromperam nesta quarta (04/11) e quinta (05/11) em várias regiões do país, principalmente em Nova York, Atlanta, Detroit e Oakland.
Em Phoenix, no Arizona, trumpistas, alguns deles armados, chegaram a se reunir em frente a um local de votação. Eles foram motivados por boatos de que alguns votos não teriam sido contabilizados “propositadamente”. Por outro lado, em Detroit, no Michigan, outro grupo de apoiadores do presidente se concentrou na frente da Secretaria de Estado pedindo para “interromper a contagem” – Trump perdeu no Estado.
A equipe de campanha de Donald Trump alegou suspeita de fraude e pediu a interrupção da apuração em vários estados onde ele está perdendo para o candidato democrata, Joe Biden.
Em Portland, no Oregon, Pelo menos dez pessoas foram presas na noite de quarta para quinta-feira (5) em manifestações pós-eleitorais organizadas por anti-Trumpistas, após repressão pela polícia. segundo as autoridades americanas. A governadora Kate Brown pediu a intervenção da Guarda Nacional para conter o que chamou de “violência generalizada.”
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Manifestação em Nova York pediu que todos os votos sejam contados
A cidade é palco de protestos desde julho passado contra os casos de violência policial que atingem a população afro-americana em diversas regiões dos Estados Unidos.
Os militantes do grupo “Protect the Results” (Proteja os resultados), que reúne cerca de 165 associações e sindicatos, previram uma centena de protestos nos Estados Unidos até sábado.
Biden tem vantagem
Joe Biden se aproxima da vitória com 264 grandes eleitores contra 214 para Donald Trump, nessa quinta-feira (contagem até 7h horário de Brasília) e com mais de 3 milhões de votos populares em relação ao presidente americano. Em 2016, Donald Trump foi eleito, apesar de a candidata democrata, Hillary Clinton, ter contabilizado milhões de votos a mais do que seu adversário. Trump está em vantagem na Carolina do Norte, mas sua hegemonia está ameaçada na Geórgia e na Pensilvânia. A apuração também não terminou no estado de Nevada, onde Biden se encontra em vantagem.
(*) Com RFI