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Eleições 2021 no Peru

Peru: Observadores eleitorais rejeitam alegações de Keiko sobre supostas fraudes

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Após virada de Pedro Castillo na apuração, candidata do Força Popular pediu que eleitores relatem indícios de manipulação durante a votação

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2021-06-08T16:45:00.000Z

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O Júri Eleitoral Nacional (JNE) do Peru e comissões de observadores internacionais que acompanharam o segundo turno no país rejeitaram na noite desta segunda-feira (07/06) as denúncias realizadas por Keiko Fujimori, do Força Popular, sobre supostas "irregularidades" eleitorais.

Sem apresentar provas, apenas vídeos de supostas fraudes, a candidata direitista, que aparece atrás de Pedro Castillo na apuração oficial, disse que há uma "clara intenção de boicotar a vontade popular" por parte das autoridades peruanas. A filha do ex-ditador Alberto Fujimori pediu ainda que os cidadãos ajudem a "saber se existem outras irregularidades como as que foram reveladas ao longo destes dias". 


SIGA A APURAÇÃO NO PERU


Após a entrevista de Keiko a jornalistas, o Júri peruano informou que a Missão de Observação da União Interamericana de Organizações Eleitorais (Uniore) indicou que as eleições foram bem-sucedidas e reconheceu todo o processo eleitoral, apontando que o pleito foi "organizado de maneira correta e com êxito, de acordo com os padrões nacionais e internacionais".

#LoÚltimo | Misión de Observadores de la Unión Interamericana de Organismos Electorales (UNIORE) reconoce que el proceso electoral llevado a cabo el 6 de junio fue organizado de manera correcta y exitosa de acuerdo con los estándares nacionales e internacionales. pic.twitter.com/qdn9VNteYS

— JNE Perú (@JNE_Peru) June 8, 2021

De acordo com o JNE, 150 observadores internacionais provenientes de 22 países foram creditados nessas eleições.

Por sua vez, o chefe da Missão de Observação Eleitoral da Organização dos Estados Americanos (OEA), o ex-chanceler do Paraguai Rubén Ramírez Lezcano, já havia solicitado, horas antes das declarações de Keiko à imprensa, que "quaisquer inconformidades sejam resolvidas pelos canais legais".

Mensaje del Jefe de la Misión de Observación Electoral #OEAenPerú @rramirezlezcano en el que felicita al pueblo peruano por la realización de una jornada electoral democrática y pacífica #VotemosPerú pic.twitter.com/H0ZMtdU7RW

— OEA (@OEA_oficial) June 7, 2021

Lezcano também declarou que os dados recolhidos pela missão da OEA "confirmam a estreiteza dos resultados". "Apelo respeitosamente aos cidadãos e atores políticos para que esperem com paciência e calma pelos resultados oficiais e se conduzam com responsabilidade e espírito democrático", acrescentou.


Néstor Soto Maldonado/Flickr
Concorrendo pela terceira vez, Keiko Fujimori foi ultrapassada por Pedro Castillo, que lidera apuração no Peru

O Órgão Nacional de Processos Eleitorais (ONPE) não se manifestou diante das acusações de Keiko. No entanto, o ex-titular da entidade Fernando Tuesta considerou que os argumentos usados por Fujimori são "repugnantes". O cientista político recordou ainda que a direitista tem um histórico de "não reconhecer os resultados". Segundo ele, em outras ocasiões eleitorais, ela teria levado o país a níveis de ingovernabilidade e instabilidade.

As declarações de Keiko aconteceram após Castillo, com mais de 95% das urnas apuradas, continuar na liderança da votação com uma diferença de mais de 75 mil votos a favor do candidato do Peru Livre. Quando ainda estava assumindo a liderança do pleito, no início da apuração, com seis pontos percentuais de vantagem, a filha de Alberto Fujimori pediu calma dos apoiadores.

O ex-presidente da Bolívia Evo Morales, que renunciou ao cargo após sofrer um golpe de Estado sob alegações semelhantes de fraude eleitoral em 2019, apoiadas pela OEA à época, comentou o caso nesta terça (08/09) no Twitter: “O mesmo discurso da direita racista, fascista e golpista: denuncia a ‘fraude’ sem provas e ataca a democracia que afirma defender. Trump nos EUA, Mesa na Bolívia e Fujimori no Peru repetem a mesma mentira e ignoram o voto do povo. Que o resultado seja respeitado”.

Apuração

Com 95.968% das atas eleitorais já contabilizadas até às 12h05 (14h05 em Brasília) desta terça-feira, Castillo segue liderando com 50.214% dos votos. 

Os votos que ainda faltam ser apurados são de regiões onde o sindicalista é mais forte – caso de Cusco, por exemplo, no qual candidato do Peru Livre tem obtido votos na proporção de 8 para 2. Até a manhã desta terça, a região havia alcançado 95% das urnas apuradas, com votos ainda por contar. 

As áreas onde Keiko é mais popular já estão com a apuração avançada. Lima, por exemplo, onde a direitista possui uma ampla base de eleitores, já processou 100% dos votos. Por outro lado, somente 58% dos votos do exterior foram apurados, e nesta categoria a direitista lidera com folga (na base de 6 para 3).

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Constituinte no Chile

'Base de um Chile mais justo', diz presidente da Constituinte na entrega de texto final

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Ao cumprir um ano de debate, Convenção Constitucional encerra trabalhos com entrega de nova Carta Magna a voto popular

Michele de Mello

Brasil de Fato Brasil de Fato

São Paulo (Brasil)
2022-07-04T21:39:54.000Z

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Aconteceu a última sessão da Constituinte chilena nesta segunda-feira (04/07) com a entrega de uma nova proposta de Constituição para o país. 

"Esta proposta que entregamos hoje tem o propósito de ser a base de um país mais justo com o qual todos e todas sonhamos", declarou a presidente da Convenção Constitucional, María Elisa Quinteros. 

Após um ano de debates, os 155 constituintes divulgaram o novo texto constitucional com 178 páginas, 388 artigos e 57 normas transitórias.

O presidente Gabriel Boric participou do ato final da Constituinte e assinou o decreto que convoca o plebiscito constitucional do dia 4 de setembro, quando os chilenos deverão aprovar ou rechaçar a nova Carta Magna.

"Hoje é um dia que ficará marcado na história da nossa Pátria. O texto que hoje é entregue ao povo marca o tamanho da nossa República. É meu dever como mandatário convocar um plebiscito constitucional, e por isso estou aqui. Será novamente o povo que terá a palavra final sobre o seu destino", disse.

No último mês, os constituintes realizaram sessões abertas em distintas regiões do país para apresentar as versões finais do novo texto constitucional. A partir do dia 4 de agosto inicia-se a campanha televisiva prévia ao plebiscito, que ocorre em 4 de setembro. 

Embora todo o processo tenha contado com ampla participação popular, as últimas pesquisas de opinião apontam que a nova proposta de constituição poderia ser rejeitada. Segundo a pesquisa de junho da empresa Cadem, 45% disse que votaria "não", enquanto 42% dos entrevistados votaria "sim" para a nova Carta Magna. No entanto, 50% disse que acredita que vencerá o "aprovo" no plebiscito de setembro. Cerca de 13% dos entrevistados disse que não sabia opinar.

Reprodução/ @gabrielboric
Presidente da Convenção Constitucional, María Elisa Quinteros, e seu vice, Gaspar Domínguez, ao lado de Gabriel Boric

"Além das legítimas divergências que possam existir sobre o conteúdo do novo texto que será debatido nos próximos meses, há algo que devemos estar orgulhosos: no momento de crise institucional e social mais profunda que atravessou o nosso país em décadas, chilenos e chilenas, optamos por mais democracia", declarou o chefe do Executivo. 

Em 2019, Boric foi um dos representantes da esquerda que assinou um acordo com o então governo de Sebastián Piñera para por fim às manifestações iniciadas em outubro daquele ano e, com isso, dar início ao processo constituinte chileno.

Em outubro de 2020 foi realizado o plebiscito que decidiu pela escrita de uma nova constituição a partir de uma Convenção Constitucional que seria eleita com representação dos povos indígenas e paridade de gênero.

"Que momento histórico e emocionante estamos vivendo. Meu agradecimento à Convenção que cumpriu com seu mandato e a partir de hoje podemos ler o texto final da Nova Constituição. Agora o povo tem a palavra e decidirá o futuro do país", declarou a porta-voz do Executivo e representante do Partido Comunista, Camila Vallejo.

A composição da Constituinte também foi majoritariamente de deputados independentes ou do campo progressista. Todo o conteúdo presente na versão entregue hoje ao voto público teve de ser aprovado por 2/3 do pleno da Convenção para ser incluído na redação final.

Com minoria numérica, a direita iniciou uma campanha midiática de desprestígio do organismo, afirmando que os deputados não estariam aptos a redigir o novo texto constitucional. Diante dos ataques, o presidente Boric convocou os cidadãos a conhecer a fundo a nova proposta, discutir de maneira respeitosa as diferenças e votar pela coesão do país, afirmando não tratar-se de uma avaliação do atual governo, mas uma proposta para as próximas décadas. 

"Não devemos pensar somente nas vantagens que cada um pode ter, mas na concordância, na paz entre chilenos e chilenas e pela dignidade que merecem todos os habitantes da nossa pátria", concluiu o chefe de Estado.

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