O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, afirmou que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e seus apoiadores entrarão para a história como “os açougueiros de Gaza”, fazendo referência ao genocídio que as Forças de Defesa Israelenses (FDI) estão cometendo contra a população palestina, que já deixaram mais de 16 mil mortos.
“Eles cometeram genocídio contra dois milhões de pessoas, transformaram Gaza em uma prisão a céu aberto, privando-as de comida, eletricidade e água. Eles queimaram e destruíram a região e cometeram todo o tipo de atrocidades. Dois terços dos edifícios em Gaza foram destruídos. A infraestrutura de educação e saúde foi destruída. Netanyahu e seus apoiadores já inscreveram o seu nome na história como os ‘açougueiros’ de Gaza”, disse Erdogan durante uma reunião parlamentar nesta quarta-feira (29/11).
Nesta quarta também é considerado como o Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino, que levou o mandatário, por meio das redes sociais, a reiterar o apoio da Turquia “aos seus irmãos e irmãs palestinos, como tem feito ao longo da história”.
Erdogan lembrou os envios de ajuda humanitária da Turquia a Gaza, que totalizou 12 aviões e dois navios, além dos cuidados a feridos e pessoas doentes, como pacientes com câncer que foram transportados para a Turquia para realizarem seus tratamentos.
“Aceleraremos os nossos contatos para libertar os reféns e tornar o cessar-fogo permanente. Esperamos que nossas iniciativas continuem de maneira multidimensional a partir de agora”, finalizou o presidente turco.
Bugün 29 Kasım Filistin Halkıyla Uluslararası Dayanışma Günü…
Türkiye, tarih boyunca olduğu gibi bugün de devleti ve milletiyle Filistinli kardeşlerinin yanındadır. #FreePalestine…
— Recep Tayyip Erdoğan (@RTErdogan) November 29, 2023
Recep Tayyip Erdoğan/Twitter
Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, já realizou diversas críticas e atos contra Netanyahu e a ofensiva de Israel
A declaração não é a primeira feita pelo mandatário turco contra a ofensiva israelense e Netanyahu. No final de outubro, primeiro mês da guerra de Israel contra a Palestina, Erdogan acusou Israel de cometer crimes de guerra em Gaza.
Em 4 de novembro, o mandatário turco anunciou a sua recusa em manter contatos com Netanyahu em meio às operações militares em curso na Faixa de Gaza. O líder turco ressaltou que o primeiro-ministro israelense já não é uma pessoa com quem a Turquia possa conversar.
Em 11 de novembro Erdogan disse que “a posição silenciosa dos estados ocidentais que apoiam Israel no conflito na Faixa de Gaza é uma expressão de covardia e falta de consciência”
Já em 14 de novembro, a Turquia indiciou oficialmente Netanyahu com uma ação judicial no Tribunal Penal Internacional (TPI) por cometer genocídio na Faixa de Gaza.
(*) Com Brasil de Fato e Sputniknews