O Hamas alertou, neste sábado (10/02), que Israel está por cometer um “massacre” em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, região que faz fronteira com o Egito e por onde 1.4 milhão de palestinos, mais da metade dos 2,3 milhões totais, está abrigada.
Horas antes, o primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu, que recentemente descartou a possibilidade de um cessar-fogo, havia ordenado aos militares para que evacuassem os civis situados na cidade, sinalizando uma invasão terrestre na área.
De sexta-feira (09/02) para este sábado, em questão de horas, pelo menos 28 palestinos em Rafah morreram em decorrência das operações israelenses, conforme informaram as autoridades de Gaza.
A emissora catari Al Jazeera relatou que, de acordo com o Hamas, o fato do governo dos Estados Unidos não se posicionar nem tomar medidas sobre o ataque israelense à região “não o isenta da responsabilidade pelas consequências”.
Twitter/ Juventude Sanaúd
Com mais de 28 mil palestinos mortos, Hamas alerta 'massacre iminente' em Rafah
A conduta mais recente de Israel não deixa claro para onde a maioria dos palestinos pode fugir, uma vez que, como o norte e o centro da Faixa de Gaza já se encontram ocupados pelas forças israelenses, só restaria atravessar a fronteira para o Egito. No entanto, a entrada para o país vizinho só é permitida em casos excepcionais, como por solicitações internacionais para processos de repatriação.
Neste sábado, o Ministério da Saúde de Gaza divulgou que o número de palestinos mortos ultrapassou a marca dos 28 mil.
Desde 7 de outubro, quando Israel endureceu suas operações militares no território palestino em resposta à primeira ofensiva lançada pelo Hamas, pelo menos 28.064 habitantes na Faixa de Gaza morreram, enquanto outros 67.611 ficaram feridos.
“A ocupação israelense cometeu 16 massacres contra famílias na Faixa de Gaza, matando 117 e ferindo 152 nas últimas 24 horas”, afirmou a pasta.