Segunda-feira, 9 de junho de 2025
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O governo da África do Sul anunciou nesta segunda-feira (06/11) que chamou a consultas o seu embaixador em Israel, Eliav Belotserkovsky, e que irá retirar todos os seus diplomatas desse país nas próximas horas. 

A ministra porta-voz da Presidência, Khumbudzo Ntshavheni, afirmou que o governo de Cyril Ramaphosa está “decepcionado com a recusa de Tel Aviv em respeitar o direito internacional e as resoluções da Organização das Nações Unidas (ONU)”.

A funcionária sul-africana acrescentou que “os corredores do Mediterrâneo permanecem fechados devido aos contínuos ataques das forças israelenses à Faixa de Gaza, enquanto os ataques aéreos, tanto em Gaza quanto na Cisjordânia, continuam atingindo escolas, hospitais, ambulâncias e outros alvos civis”.

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“Outro holocausto na história da humanidade não é aceitável”, completou Ntshavheni, em coletiva realizada para a imprensa local da África do Sul.

Segundo a ministra porta-voz Khumbudzo Ntshavheni, governo sul-africano está ‘decepcionado com a recusa de Israel em respeitar as resoluções da ONU’ e acrescentou que ‘outro holocausto na história da humanidade não é aceitável’

Governo da África do Sul

Porta-voz sul-africana Khumbudzo Ntshavheni criticou insistência de Israel em rejeitar resoluções da ONU

A decisão insere o país africano em uma lista que já inclui Honduras, Colômbia e Chile, países que também convocaram seus embaixadores em Tel Aviv a consultas.

Além deles, a Bolívia tomou uma medida ainda mais contundente, ao cortar suas relações diplomáticas com Israel, alegando que o governo de Benjamin Netanyahu comete “crimes de guerra e violações aos direitos humanos” contra os palestinos residentes em Gaza.

Ademais, a África do Sul também se torna, com essa medida, o primeiro país do Brics a tomar uma medida mais firme de protesto contra as agressões israelenses contra o território palestino.

De acordo com o informe mais recente do Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, publicado nesta mesma segunda-feira, mais de 10 mil palestinos perderam a vida e outros 25 mil foram feridos após mais de 30 dias de ofensiva israelense ao território.